15 LIVROS FAZEM A DIFERENÇA É “CHATO” SERMOS… POBRES!
Estudantes da Escola Superior de Hotelaria e Turismo de Angola manifestaram-se no 13.08 preocupados com a falta de infra-estruturas adequadas para o curso e a inexistência de estágios internos, recebendo (sem nada pagar em troca, recorde-se) garantias do Governo de que vai tomar “medidas práticas”. As preocupações foram apresentadas às ministras angolanas do Turismo, Ângela Bragança, e do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Sambo, durante uma visita que fizeram às instalações da instituição no Kilamba, arredores de Luanda. Segundo os estudantes, em cinco anos, a qualidade das infra-estruturas da instituição, vocacionada para a formação de especialistas do sector da hotelaria e turismo, “são impróprias para a respectiva formação e os estágios não existem”, sublinhando ainda que o estabelecimento necessita de um “hotel-escola”. A ministra do Turismo manifestou-se solidária (claro, claro) com os estudantes de hotelaria e turismo, garantindo que irá criar mecanismos, em conjunto com o Ministério do Ensino Superior, para melhorar e acudir às preocupações apresentadas. “Tal como podemos constatar por intermédio da interacção com os estudantes, há dificuldades nas infra-estruturas. São preci- sas condições para a realização do trabalho prático e laboratórios onde os estudantes possam ter contacto com as acções práticas”, disse Ângela Bragança, salientando ainda a inexistência de uma biblioteca. Essa de os estudantes precisaram de “condições para a realização do trabalho prático” onde “possam ter contacto com as acções práticas” é brilhante. Ainda bem que a ministra percebeu. “Há ainda uma acção em torno do estudo dos currículos, uma acção que deverá igualmente ser conjunta, de modo a que as duas valências, quer a da formação básica quer a da hotelaria e turismo, sejam devidamente equacionadas”, acrescentou. Já a ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Sambo, considerou “legítimas” as preocupações dos estudantes, tendo apontado “medidas práticas” para inverter a situação. “As medidas práticas para inverter esta situação são precisamente aquelas que têm a ver com a criação de maiores oportunidades de estágios, como locais privilegiados para que a formação desses estudantes não seja meramente teórica”, adiantou. “Todas as unidades que existem e que estão ligadas ao turismo no seu todo, e desde que a Universidade Agostinho Neto ( UAN) apresente propostas, no quadro da sua autonomia, devem criar condições para que a formação dos estudantes possa ser melhorada”, assegurou. Para responder às preocupações dos estudantes, a reitora em exercício da UAN, Antonieta Baptista, prometeu apoiar os alunos com 15 livros sobre gestão de turismo, bem como instalar naquele estabelecimento uma biblioteca virtual. Quinze livros. A UAN não se poupa a esforços. É que não são dois ou três, são um montão deles: 15! “Estive já a concertar com a direcção e vamos tentar conseguir, pelo menos, o software de apoio aos laboratórios virtuais. Também vamos ajudar a direcção da instituição a conseguir alguns contratos, ainda que a nível não muito alto, de estágios nalgumas unidades”, apontou.