ANÁLISE HISTÓRICA DE UM POETA
E há quem diga. Que no princípio eram um galo e uma galinha. E dizem que depois foram os ovos. E dos ovos os pintainhos. 500 anos de de pintainhismo. E dizem que depois o anti-pintainhismo. E depois um hino. E um trapo para ficarmos de sentido. E dizem que depois alguém ambicionou o galinheiro só para si. E dizem que depois alguém vendeu os ovos e ficou bilionário. E dizem que outros só ficaram pobres. Embora vendendo bois, (animais de longe mais corpulentos que os ovos.) E dizem que de recuos fazemse avanços. E dizem que onde comem poucos, muitos ficam nutridos. E dizem que é preciso colocar mais banha na fritura. Para que os poucos de sempre, gestores dos ovos vençam os muitos criadores de vacas magras, com ajuda dos próprios muitos. E dizem que quem toca o batuque não é quem o dança. E dizem que ouvir o som do batuque não é estar na festa. E Dizem que conhecer o caminho não é cortar a meta. E dizem que às vezes é preciso calar-se para se fazer ouvir. E dizem que este nada tem tudo de todos que, conseguiram ficar acordados a dormir de pé. O futuro prometido passou e ninguém o viu. E dizem que um dia,(-) a menos um (+) a mais,(-) menos um, seremos todos iguais ao corpo da utopia. Não importa a cor da falange. E dizem que a grande tragédia de um povo muito rico é aprender a amar a miséria, e aceitar a escravatura como bênção de Deus!» (Fridolim Kamolakamwe)