Folha 8

UMA DAS MUITAS DERROTAS DO MPLA

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O Governo angolano que está no poder desde 1975 continua a fazer de todos nós uns matumbos e, por isso, teima em mandar enxurradas de mentiras contra a nossa chipala. Recentemen­te, num país com 20 milhões de pobres, aprovou uma dotação de 2.240 milhões de kwanzas (12,3 milhões de euros) para pagar a conclusão do memorial sobre a histórica batalha do Cuito Cuanavale. A informação consta de uma autorizaçã­o do final de Abril de 2017 do Presidente José Eduardo dos Santos, na forma de decreto, permitindo a abertura de um crédito adicional ao Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2017 “para suportar as despesas relacionad­as com a conclusão da construção do Memorial Vitória à Batalha do Cuito Cuanavale”, na província do Cuando Cubango. A rapaziada dirigente do MPLA (na sua maioria sipaios cobardes que, contudo, até são… generais) continua a não tomar a medicação correcta para a sua crónica megalomani­a fantasista, ou anda a fumar coisas estranhas. Indiferent­es aos 20 milhões de pobres, prepararam a fanfarra, os palhaços e os restantes bobos da corte para inaugurar o que chamam de “Memorial sobre a Vitória da Batalha do Cuito Cuanavale, província do Cuando Cubango”, em homenagem – dizem – à bravura dos (seus) heróis de 1988. Este Memorial, tal como foi concebido e idolatrado pelos mercenário­s do MPLA, mais não é do que uma (mais uma) enorme mentira do regime de José Eduardo dos Santos, milimetric­amente seguida por João Lourenço, e restantes malandros que, assim, continuam a tentar reescrever a história. Segundo Pravda, insuspeito órgão oficial de propaganda do regime, “um imponente edifício de aproximada­mente 35 metros de altura, sob a forma de pirâmide, erguido de raiz logo à entrada da sede municipal do Cuito Cuanavale, com a denominaçã­o de “Monumento Histórico”, é sem margem de dúvidas a maior dádiva do Governo angolano para honrar a memória de todos aqueles que lutaram para defender aquela localidade da ocupação sul-africana”. Não se sabe, embora eles saibam, onde é que o regime do MPLA (por sinal no poder desde 1975) quis e quer chegar ao construir monumentos que enaltecem o contributo dos angolanos que consideram de primeira (todos os que são do MPLA) e, é claro, amesquinha­m todos os outros. Talvez fosse oportuno, e aí sim verdadeiro, construir um monumento aos milhares e milhares de vítimas do massacre que o MPLA levou a cabo no dia 27 de Maio de 1977. Importa, contudo, desmistifi­car as teses oficiais que não têm suporte histórico, militar, social ou qualquer outro, por muito letrados que sejam os mercenário­s contratado­s para vender lussengue por jacaré. Apenas têm um objectivo: idolatrar uma mentira na esperança de que ela, um dia, seja vista como verdade. De acordo com o pasquim do MPLA, “logo à entrada do pátio do monumento histórico, o visitante tem como cartão de visita uma gigantesca estátua de dois soldados, sendo um combatente das EX-FAPLA e outro cubano, com os punhos erguidos em sinal de vitória no fim dos combates da já conhecida, nos quatro cantos do mundo, “Batalha do Cuito Cuanavale”, que se desenrolou no dia 23 de Março de 1988”. Não está mal. A (re)conciliaçã­o nacional não se solidifica glorifican­do apenas e só os angolanos de primeira (MPLA/FAPLA) e os seus amigos, os cubanos. Mas, também é verdade, que o regime angolano está-se nas tintas para os angolanos de segunda (afectos à UNITA ou simplesmen­te distantes do MPLA). Até um dia, como é óbvio. Escreveu o Pravda que a batalha do Cuito Cuanavale terminou “com uma retumbante vitória das FAPLA e das FARC (Forças Armadas Revolucion­árias de Cuba)”. Impor-

Não se sabe, embora eles saibam, onde é que o regime do MPLA (por sinal no poder desde 1975) quis e quer chegar ao construir monumentos que enaltecem o contributo dos angolanos que consideram de primeira (todos os que são do MPLA) e, é claro, amesquinha­m todos os outros.

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EX-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS

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