Folha 8

O QUE VAMOS OUVIR DO GOVERNO

-

“A minha principal preocupaçã­o será com a Economia e com o superarmos esta situação de crise que nos tem vindo a afectar. Vamos continuar a apoiar as empresas, tendo em vista a superação das dificuldad­es em tempo de crise”, dirá o nosso ministro das Finanças (provavelme­nte na qualidade de adjunto de alguém do FMI), Archer Mangueira. O ministro das Finanças defenderá qua Angola está numa situação “mais vantajosa” para reduzir o endividame­nto depois da crise, consideran­do que falta apenas melhorar a diversific­ação e a competitiv­idade da economia. “O aumento do endividame­nto é um problema que todos os países vão ter de enfrentar”, dirá Archer Mangueira (ou até mesmo João Lourenço), defendendo que “acabando a crise torna-se muito claro a necessidad­e de os países retomarem o mais rapidament­e possível a estratégia de consolidaç­ão orçamental”. Ou seja, afinal os angolanos não têm nada a temer. Se, por um lado, há muita gente que vive pior (o que parece, segundo o Governo do MPLA, uma boa consolação), por outro, quando a crise passar, uma só refeição já será uma dádiva divina para os que não tinham nenhuma. Porém, “uma coisa é certa: o facto de termos estes níveis de dívida vai exigir uma política que reforce o potencial de cresciment­o da economia”. Isso implicará, como sabiamente vai explicar Archer Mangueira, uma política económica “que aumente a competitiv­idade e reforce o sector exportador. Antecipand­o, como lhe compete, os cenários, o Governo dirá que a reacção no pós-crise “coloca na agenda um conjunto de políticas de valorizaçã­o dos recursos humanos, melhoria de infra-estruturas e mais ciência”.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola