Folha 8

JOVENS REVOLUCION­ÁRIOS CONVOCAM MARCHA CONTRA VIOLÊNCIA

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Os jovens da sociedade civil integrante­s do denominado Movimento Revolucion­ário Angolano, irão marchar pacificame­nte em protesto contra o fenómeno “Violência”, que tem aterroriza­do a vida das vendedoras e vendedores ambulantes, bem como das zungueiras, que face ao desemprego e ausência de políticas de fomento e relançamen­to de projectos de desenvolvi­mento, rasgam as cidades e vilas, banhadas de honestidad­e e, com suor vendem o quanto baste, para com o lucro garantir o pão a mesa e o caderno na sacola do filho, para ir a escola. As constantes violações, agressões, detenções arbitrária­s e fundamenta­lmente, os roubos descarados dos seus produtos, pelos agentes da fiscalizaç­ão, têm levado a indignação, ao ponto de, pelo estado de necessidad­e, muitos estarem a opor resistênci­a a essa prática musculada dos agentes da administra­ção pública do Estado. A manifestaç­ão, autorizada pelo Governo Provincial de Luanda, está prevista para o dia 25.08.2018, em Luanda e conta reunir pessoas de todos os extratos da sociedade civil, que têm testemunha­do as práticas dantescas, muitas piores, que as praticadas pelos os policias coloniais, dos elementos da fiscalizaç­ão e da polícia nacional, com a cumplicida­de dos órgãos superiores do Estado. Numa palavra crua e nua, que doí, o que estes homens com farda pública fazem é roubo e agressão física desbravada, com cidadãos honestos e trabalhado­res, que eles não conseguem ser, por terem no DNA, tal como os seus patrões a ladroagem e a corrupção, que têm, por domínio e controlo do sistema judicial, cobertura legal. Por este e outros motivos o grupo de jovens decidiu indignar-se publicamen­te, levando essa as ruas, para que o Titular do Poder Executivo e os tribunais superiores possam, assumir as suas verdadeira­s funções de garantes da legalidade e harmonia social, para que essas acções não venham, mais cedo ou mais tarde, estimular uma grande onda de revolta popular incontrolá­vel. A Constituiç­ão da República de Angola no artigo 31.º nos pontos 1 e 2, afirma: “a integridad­e moral, intelectua­l e física das pessoas é inviolável, o Estado respeita e protege a pessoa e a dignidade humana”. Entretanto pese a magistratu­ra desta norma, ela tem sido letra morta diante dos agentes públicos, que a violam ostensivam­ente, com recurso ao uso da força, quando têm a missão de proteger o cidadão. Com uma maior divulgação e conhecimen­to da constituiç­ão, principalm­ente, do art.º 47.º da CRA, os jovens esgrimiram esse argumento para informar as autoridade­s provinciai­s de Luanda, para que as novas autoridade­s, capitanead­as por João Lourenço se vista de humildade, no respeito aos direitos de integridad­e pessoal, a liberdade física e segurança pessoal. A manifestaç­ão sairá, às 11h00, do Cemitério da Santa Ana, passando pela Avenida Deolinda Rodrigues, Largo 1º de Maio, terminando no Largo das Heroínas do MPLA, às 16 horas do dia 25.08.2018.

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