PROCESSO TRÊS BILIÕES (MIL MILHÕES)
Mas restavam ainda os investimentos dos 3 mil milhões de dólares do Fundo (sem fundo) Soberano, transferidos por Zenú dos Santos para o seu amigo e sócio, Jean-claude Barros de Morais, para gerir os fundos financeiros do país, como se Angola fosse a casa da mamã Joana. Não é, mas era tratada como do papá Santos... Esta forma de gestão da coisa pública, não lembra ao diabo mais analfabeto e para o felizardo, era uma muamba que nem nos sonhos, passava pela cabeça de Jean Claude, tão pouco a nenhum dos comuns mortais. Mas, vivendo-se numa república das bananas, tudo é possível, até mesmo, a ginguba virar barra de ouro... Como é possível imaginar que num país normal, que, infelizmente, Angola não é, com dirigentes e governantes sérios, sem complexo de vira-latas, se resignariam, a assistir, impávidos e serenos, ao Presidente da República nomear o filho para gerir a mais importante reserva financeira estratégica do Estado, o Fundo Soberano. Ninguém se lhe opôs, absolutamente, ninguém, inclusive o actual Presidente da República, João Lourenço. E vejam no crime a que a sua omissão, também, levou o país. Mais, não fosse crime, o atrás vertido, qual a razão de continuarem (dirigentes e governantes do MPLA e Executivo) calados, como exímios gestores da omissão e cumplicidade, quando o menino Zenú, alocou os fundos financeiros, de todos angolanos, cinco (5) biliões (mil milhões) de euros, cuja capitalização deveria servir os mais pobres, cerca de 22 milhões, a guarda de um cidadão normal, alegadamente, chegado à Suíça como refugiado, sem qualquer capacidade e experiência no mercado bancário local e internacional, que se conheça. E foi com esta cúmplice omissão, que se agigantou, num de repente, um jovem empreendedor de imobiliário e bijuterias em homem de negócios financeiros. E que negócios. E para começar, nada mais do que apresentar-se, na alta roda das finanças mundiais, com uma procuração irrevogável e com plenos poderes, para gerir, a seu bel-prazer, cinco (5) mil milhões de euros de Angola. Na aplicação desse dinheiro, Jean-claude de Morais agigantava-se junto da banca internacional, tratando o público (dinheiro de Angola) como se de privado (dele) se tratasse, criando empresas, fazendo aplicações, muitas das vezes sem interesse para Angola e, sequer, conhecimento do amigo Zenú dos Santos. Por exemplo, das cerca de 27 empresas, por si criadas, nas Ilhas Maurícias, com dinheiro de Angola, o amigo só tinha ciência de duas (2), pois das outras 25 não sabia nada, levava do ar. Só Jean-claude sabia e delas era o PCA de plenos poderes. E embora Zenú alegue que só sabia que nada sabia, o seu sócio “apresenta” provas, mandatos assinados em branco, que podem a todo o momento incendiar os rabos-de-palha que medraram ao longo de 38 anos, admitindo-se que nem a prisão do incendiário irá evitar que muito boa gente se queime.