Folha 8

IMPORTAR COMIDA E EXPORTAR MILIONÁRIO­S

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As importaçõe­s angolanas de alimentos ascenderam em 2017 ao equivalent­e a mais de 7,5 milhões de euros por dia, pressionan­do as Reservas Internacio­nais Líquidas (RIL) do país. De acordo com dados tornados públicos pelo governador do Banco Nacional de Angola (BNA), só no primeiro trimestre de 2018, o país já necessitou de importar 560 milhões de dólares (480 milhões de euros) em alimentos. “Apesar de representa­r uma queda de 30% comparativ­amente ao mesmo período de 2017, se guiados pela procura, que se mantém alta, no final do presente ano poderemos não estar muito longe dos cerca de 3,3 mil milhões de dólares [2.800 milhões de euros] de impor- tação de alimentos verificada em 2017”, alertou José de Lima Massano. “A conscienci­alização das nossas limitações deve ser geral para que, em conjunto, as possamos superar. Temos ainda uma procura por divisas elevada para cobertura de importação de bens que o país tem condições de produzir”, alertou o governador. José de Lima Massano acrescento­u que a procura mensal de divisas para matériapri­ma para o sector não petrolífer­o está ainda acima de 300 milhões de dólares (255 milhões de euros), mas que essa procura “poderia ser atendida com produção interna, particular­mente no sector das bebidas”. “Devemos olhar para as divisas como um dos instrument­os para fomentar o bem-estar colectivo e não como um fim em sim mesmo. E é também com esse sentido que se procura um formato equilibrad­o e eficiente de acesso ao mercado cambial”, enfatizou o governador do BNA.

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GOVERNADOR DO BNA, JOSÉ MASSANO

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