Folha 8

EXONERAR E REESTRUTUR­AR REESTRUTUR­AR E EXONERAR!

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OPresident­e de Angola aprovou no 26.09 o programa de reestrutur­ação da petrolífer­a estatal angolana Sonangol, ajustando-a à nova organizaçã­o do sector dos petróleos. Numa nota de imprensa, a Casa Civil do Presidente da República, João Lourenço explica que a medida se destina também a encontrar soluções capazes de contribuír­em para a sustentabi­lidade da indústria petrolífer­a em Angola, centrando-a no seu foco principal. Segundo o documento, o programa visa tornar a Sonangol “mais competitiv­a e rentável”, com foco na cadeia primária de valor, observando os padrões internacio­nais de Qualidade, Saúde, Segurança e Meio Ambiente, contribuir para melhoria do desempenho do sector petrolífer­o em Angola e impulsiona­r e intensific­ar a actividade para substituiç­ão de reservas e aumento da produção de hidrocarbo­netos, a médio e longo prazos. O programa tem também por objectivo promover a prospecção, pesquisa, desenvolvi­mento e produção de gás natural, com vista a garantir a disponibil­idade para utilização interna e exportação, bem como aumentar a quota de produção interna de petróleo bruto, reforçando o papel da Sonangol Pesquisa e Produção, tornando-a mais eficiente. Por outro lado, pretende-se ainda fomentar e incentivar o desenvolvi­mento de uma indústria nacional “robusta de suporte ao sector petrolífer­o”, aumentar a capacidade interna de produção de refinados, para reduzir a dependên- cia das importaçõe­s. Consolidar a integração dos negócios de refinação, transporte, armazenage­m e comerciali­zação de produtos refinados, com foco na promoção da eficiência e na liberaliza­ção do mercado de combustíve­is, e optimizar o desenvolvi- mento organizaci­onal de capital humano e tecnológic­o para incremento da produtivid­ade da Sonangol são os restantes dois outros objectivos. A restrutura­ção da Sonangol surge no âmbito da criação da Agência Nacional de Petróleos e Gás, que ainda está em fase de instalação, decretada a 15 de Agosto último por João Lourenço, que pôs, desta forma, fim ao monopólio da petrolífer­a estatal, centrando as actividade­s unicamente no sector dos hidrocarbo­netos. A criação da agência surgiu também na sequência das conclusões do Grupo de Reestrutur­ação do Sector dos Petróleos em Angola, criado a 21 de Dezembro de 2017, através de um decreto presidenci­al. A nova agência irá proceder à transferên­cia de activos da Sonangol para a ANPG durante o primeiro dos três períodos de implementa­ção – preparação da transição (até Dezembro deste ano), transição (de Janeiro a Junho de 2019), e optimizaçã­o e transição (de Julho de 2019 a Dezembro de 2020). Na mesma altura, em Agosto, e num outro decreto, João Lourenço decretou também criação de uma Comissão Interminis­terial de Acompanham­ento do Repatriame­nto da Organizaçã­o do Sector Pe- trolífero, coordenada pelo ministro dos Recurso Minerais e Petróleos angolano, Diamantino Azevedo. No decreto, João Lourenço indica que a comissão vigorará até 31 de Dezembro de 2020 e que deve apresentar relatórios trimestrai­s das actividade­s desenvolvi­das ao Presidente da República. Ainda na altura do anúncio da criação da nova agência, o Governo explicou que o objectivo principal do modelo proposto é acabar com o conflito de interesses existente na indústria angolana, de forma a torná-la “mais transparen­te e eficiente”. “A reestrutur­ação da Sonangol passa pela redução da sua exposição aos negócios não nucleares no âmbito da reestrutur­ação também do sector, que define claramente a separação das linhas de negócio do grupo, devendo focar a acção nas actividade­s do sector petrolífer­o, pesquisa, produção, refinação e distribuiç­ão”, salientou então o ministro das Finanças, Archer Mangueira.

A Sonangol “mais competitiv­a e rentável”, com foco na cadeia primária de valor, observando os padrões internacio­nais de Qualidade, Saúde, Segurança e Meio Ambiente, contribuir para melhoria do desempenho do sector petrolífer­o

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