Folha 8

DE ANTÓNIO OLE

- O artista plástico angolano António Ole apresenta a 27 de Novembro a sua mais recente exposição individual interdisci­plinar, intitulada “Ossos do ofício” um conjunto de obras diversific­adas e sob prisma de outras disciplina­s como a pintura, a fotografia e

Aesta viscosa exposição, “Ossos do Ofício”, António Ole reúne um conjunto de aproximado de cinquenta obras de expressões diversific­adas, designadam­ente de pintura, fotografia e instalação, na grande maioria inéditas. Segundo o artista “é inevitável que ao chegar a este patamar, cinquenta e tal anos a trabalhar em artes visuais, me ocorra agora rever algumas aventuras recentes, outras mais an- tigas, embora isso não faça parte da minha práxis habitual. Detenho-me pouco a olhar para trás. Ao longo do tempo, encontrei então essa ligação íntima entre a realidade e a matriz poética que lhe dá alimento, que lhe dá cimento. A arte, às vezes, também se faz a partir de quase nada, daquilo que se pressente apenas, em menor escala daquilo que é racional ou austero. Ossos do Ofício dirão! As ideias e narrativas fluem. Os materiais consolidam-se. O desenho persiste, na tábua / memória em traços muito leves na superfície intocada,” evocou António Ole. Em “OSSOS DO OFÍCIO”, António Ole presta uma homenagem à memória dos que já partiram, porque “os mortos desaparece­m, mas renascem na nossa memória”. Os nomes de Ruy Duarte de Carvalho, Herberto Hélder e José Rodrigues sobressaem nesta galeria de memória e evocação, pelo registo, que permanece vivo na memória, do seu trabalho criativo e do seu profundo humanismo.

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