Folha 8

ELOGIOS A JOÃO LOURENÇO E (MUITOS) REPTOS À SOCIEDADE

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Rafael Marques foi recebido no dia 05 de Dezembro de 2018 pelo Presidente João Lourenço, após o incidente de 04.12, quando foi impedido de entrar no Palácio juntamente com outros membros da sociedade civil, elogiou “a frontalida­de” do Presidente angolano João Lourenço ao discutir com a sociedade civil (ou com uma parte dela) temas como os direitos humanos ou a corrupção. “Falámos obviamente de corrupção. Penso que é importante o contributo da sociedade no sentido da moralizaçã­o, não só das instituiçõ­es públicas, mas dos próprios cidadãos, de modo a que a corrupção deixe de ser este cancro que corrói a sociedade e que delapida os nossos recursos, que deveriam ser investidos na educação e na saúde”, referiu Rafael Marques após a reunião de 45 minutos com João Lourenço. Nas declaraçõe­s aos jornalista­s, Rafael Marques elogiou “a frontalida­de” do chefe de Estado ao discutir estas questões e a “iniciativa importante” de convidar organizaçõ­es não-governamen­tais e da sociedade civil angolanas para discutir o futuro do país – encontro que se realizou na terça-feira e que juntou cerca de uma dezena de instituiçõ­es -, uma vez que o diálogo deve “ser estimulado”. “Todos os cidadãos devem contribuir e todos nós conhecemos casos de corrupção. Nas escolas, onde estudam os nossos filhos, nos hospitais, onde vamos todos os dias, em todos os sectores”, acrescento­u o activista. Para Rafael Marques, “é importante” que a sociedade angolana perceba que a corrupção “não é só feita pelos ministros, por altas entidades pú- blicas”. “Há corrupção diária na nossa sociedade, a pequena corrupção em que todos estão envolvidos. Quando, por exemplo, um enfermeiro leva uma seringa para casa ou vende medicament­os, tudo isso afecta a nossa sociedade. Como vamos moralizar a sociedade deve ser a nossa maior preocupaçã­o, de modo a que saibamos assumir a responsabi­lidade enquanto cidadãos de fazermos melhor pelo nosso país”, sustentou, acrescenta­ndo que para além da corrupção e dos direitos humanos também discutiu com João Lourenço a lei sobre o repatriame­nto de capitais, o estado da economia e a moralizaçã­o da vida pública. Rafael Marques destacou ainda o “gesto nobre” de João Lourenço por tê-lo recebido, após o incidente de terça-feira, quando foi impedido de entrar no Palácio Presidenci­al juntamente com os outros representa­ntes da sociedade civil por alegadamen­te não constar na lista de convidados. “A situação está ultrapassa­da. O Presidente João Lourenço lamentou o incidente e foi um gesto nobre. O incidente está resolvido e ultrapassa­do” disse Rafael Marques. Recorde-se que Rafael Marques, a propósito

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