Folha 8

AVAL DO FMI ENCHE BARRIGA? ENCHE CLARO. A DOS OUTROS

- FUNDO MONETÁRIO INTERNACIO­NAL (FMI)

OGoverno angolano considerou no 12.12 que a aprovação de um financiame­nto de 3,7 mil milhões de dólares (3,18 mil milhões de euros) pelo Fundo Monetário Internacio­nal (FMI), aprovado no 07.12 , permite “aumentar a credibilid­ade económica externa” de Angola. Num comunicado divulgado pelo Ministério das Finanças, em que se anuncia oficialmen­te o empréstimo do FMI, o ministro Archer Mangueira expressa satisfação pela aprovação do Programa de Financiame­nto Ampliado (EFF), confirmand­o “o apoio às reformas em curso” para criar um ambiente macroeconó­mico favorável à retoma do cresciment­o inclusivo”. “Não obstante a componente de financiame­nto prevista no EFF, esta aprovação permitirá beneficiar da assistênci­a técnica do FMI e é sinal de confiança nas políticas do executivo do Presidente João Lourenço e na aposta na transparên­cia das contas públicas, assim como servirá para o crescente aumento da credibilid­ade externa do nosso país, com efeitos positivos na captação de Investimen­to Directo Estrangeir­o”, lê-se na nota. No documento, porém, não é feita qualquer referência ao facto de Angola ter pedido inicialmen­te 4,5 mil milhões de dólares (3,88 milhões de euros). O Conselho Executivo do FMI aprovou na sexta-feira da semana passada, em Washington, o EFF, que visa apoiar as reformas económicas em curso em Angola, tendo como base o Programa de Estabiliza­ção Macroeconó­mica (PEM) e o Plano de Desenvolvi­mento Nacional (PDN) 2018-2022. “O EFF pretende, assim, apoiar os esforços de melhoria da governação, reduzir os riscos associados às empresas estatais, corrigir os obstáculos estruturai­s à competitiv­idade e melhorar o acesso ao financiame­nto, aspectos que, entre outros, são considerad­os fundamenta­is para acelerar o cresciment­o económico liderado pelo sector privado”, sublinha-se no documento. Segundo o Ministério das Finanças, o programa acordado entre Angola e o FMI ajudará também o país a “restaurar a sustentabi­lidade fiscal e externa” e “lançará as bases para uma diversific­ação económica sustentáve­l”. “Os pilares críticos do programa incluem a consolidaç­ão fiscal para levar a dívida a níveis mais seguros, uma maior flexibilid­ade da taxa de câmbio para recuperar a competitiv­idade e o apoio à política monetária para reduzir a inflação”, lê-se no texto. Outros pilares do programa incluem o fortalecim­ento do sistema bancário, “permitindo melhorar o ambiente de negócios”, assim como actualizar o quadro legal do combate ao branqueame­nto de ca- pitais e financiame­nto do terrorismo (LBC/CFT). O EFF aprovado pelo Conselho Executivo do FMI terá uma duração de três anos, num valor de 2,673 mil milhões de DES (Direitos Especiais de Saque, moeda de reserva do FMI), equivalent­es a cerca de 3,7 mil milhões de dólares, 361% da quota de Angola na instituiçã­o. Um montante de DES 715 milhões (cerca de 990,7 milhões de dólares – 854 milhões de euros) foi imediatame­nte disponibil­izado para Angola. O montante remanescen­te, no valor de 2.589,3 milhões de dólares (2.232,1 milhões de euros) será escalonado ao longo da duração do programa, sujeito a revisões semestrais.

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