Folha 8

E DE OURO, COMO ESTAMOS?

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Em Maio de 2015 a informação oficial era a de que a fase de prospecção de ouro na localidade de Limpopo, município da Jamba, na província da Huíla, terminava nesse ano, devendo a exploração do mineral arrancar no início de 2016. Em 26 de Maio de2016 a informação indicava que a exploração começaria em 2018. Regressemo­s a Maio de 2015. De acordo com a directora provincial da Indústria, Geologia e Minas, Paula Joaquim, os primeiros resultados da prospecção iniciada em 2012, naquela zona, a sul de Angola, apontavam para a existência de ouro de qualidade e em quantidade, sinais que considerou bastante animadores. “A geologia e minas está a contribuir para o processo de diversific­ação da economia nacional, e com a exploração de ouro na região da Jamba deverá participar no cresciment­o do país, o que poderá fazer esquecer a queda do preço do petróleo no mercado internacio­nal”, referiu nessa data a responsáve­l. Paula Joaquim garantiu a existência de mão-de-obra capacitada para trabalhar no projecto e a eventual contrataçã­o de mais quadros. Sobre o processo de prospecção de ouro no município de Chipindo, igualmente naquela província, iniciado em 2014, a responsáve­l disse que são satisfatór­ios os trabalhos decorridos até ao momento, sem adiantar mais pormenores. Em Setembro de 2014, numa entrevista à agência Lusa, o ministro da Geologia e Minas, afirmou que a produção industrial de ouro em Angola, deveria arrancar em 2017. Francisco Queiroz, na altura com a pasta da Geologia e Minas no Governo de José Eduardo dos Santos, frisou que o levantamen­to geológico-mineiro que estava em curso em todo o país iria também permitir obter “muita informação” sobre a localizaçã­o do potencial de ouro em Angola. “O ouro será segurament­e um dos minerais que vai surgir no mapa geológico de Angola, entre outros”, disse na altura o ministro, sublinhand­o a intensão de Angola se tornar num dos “principais” produtores no continente africano. A aposta neste subsector mineiro motivou a criação, em Maio de 2014, da Agên- cia Reguladora do Mercado de Ouro de Angola. Vejamos agora o que passou a ser dito em 2016. A exploração industrial de ouro em Angola deve arrancar, pela primeira vez, em 2018, nas minas de Mpopo, comuna de Chamutete, município da Jamba, província da Huíla. O então presidente do Conselho de Administra­ção da Ferrangol, hoje ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino de Azevedo, confirmou que a empreitada seria levada a cabo pela Sociedade de Metais Precio- sos de Angola (Somepa), uma empresa público-privada de capitais totalmente angolanos, incluindo da própria Ferrangol. Diamantino de Azevedo aludiu à conclusão dos trabalhos de prospecção e à elaboração dos estudos de viabilidad­e e de impacto ambiental, passos imprescind­íveis ao arranque da exploração. “Estamos em crer que, do ponto de vista cronológic­o e tendo em conta, também, que o preço do ouro conhece, neste momento, uma relativa estabilida­de, é possível o cumpriment­o desse prazo”, garantiu então Diamantino de Azevedo. Ainda em relação ao ouro, estava, ou esteve, ou estará, em curso a preparação da documentaç­ão para a autorizaçã­o da prospecção de cinco projectos na província de Cabinda. Em preparação estavam, igualmente, projectos de prospecção do ouro nas províncias do Cuanza Norte e Moxico. No segmento do cobre ganhavam relevância os projectos de prospecção em curso nas províncias do Cuanza Sul e Cuando Cubango. Quanto a projectos de prospecção de terras raras, Longonjo, na província do Huambo, apareceu na primeira linha, numa parceria entre empresas privadas angolanas e uma australian­a. Ao nível do manganês, estava em curso o alinhament­o de parcerias para dois projectos no Cuanza Norte. Igualmente, na mesma província, segue em diante o projecto de ferro da Cerca, uma parceria com um grupo chinês.

O ouro será segurament­e um dos minerais que vai surgir no mapa geológico de Angola, entre outros”, disse na altura o ministro, sublinhand­o a intensão de Angola se tornar num dos “principais” produtores no continente africano.

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DIRECTORA PROVINCIAL DA INDÚSTRIA, GEOLOGIA E MINAS, PAULA JOAQUIM

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