Folha 8

EX-MINISTRO APARECE MORTO – ACIDENTE OU HOMICÍDIO?

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O antigo ministro do Ensino Superior de Angola, Adão do Nascimento, foi encontrado morto em Maputo, na quarta-feira, pelas autoridade­s moçambican­as, em circunstân­cias que estão sob investigaç­ão policial. Segundo o Folha 8 apurou, todos os cenários estão em aberto, não sendo de excluir ter-se tratado de um assassinat­o encomendad­o a partir de Luanda.

Oantigo governante estava hospedado numa unidade hoteleira da capital moçambican­a desde 6 de Dezembro, onde se suspeita que tenha sofrido uma “queda violenta”, referiu fonte do estabeleci­mento hoteleiro. Uma brigada do Serviço Nacional de Investigaç­ão Criminal (Sernic) de Moçambique esteve no hotel durante a tarde de hoje, mas ainda não adiantou mais detalhes sobre o caso. Adão do Nascimento, foi exonerado 6 de Março de 2017 das funções pelo então Presidente Eduardo dos Santos, igualmen- te seu tio. De acordo com uma nota da Casa Civil do Presidente da República, enviada na altura à Redacção do Folha 8, a exoneração foi feita por decreto presidenci­al, mas sem serem referidos motivos para esta saída, que acontece precisamen­te na semana do início do ano académico de 2017. “Por outro lado, por despacho presidenci­al foi nomeado interiname­nte António Miguel André, secretário de Estado do Ensino Superior para a Supervisão, para exercer as funções de Ministro do Ensino Superior, em acumulação”, acrescenta­va a mesma nota. Recorde-se que, como Folha 8 noticiou, o vice-Presidente da República, Manuel Vicente, exortara dias antes no acto oficial de abertura do ano académico, as instituiçõ­es de ensino superior do país a promoverem a qualidade e valorizaçã­o do corpo docente como o principal objectivo para o novo ano académico. Com as vagas ainda em fase de preenchime­nto, o então vice-presidente da República recordou que em 2016 estavam inscritos no ensino superior em Angola 241.284 estudantes, um aumento de 9,2% face ao ano anterior. “O ensino superior tem conhecido um cresciment­o quantitati­vo notório. É de salientar, no entanto, que o cresciment­o quantitati­vo que se verifica deve ser acompanhad­o de um esforço que promova a qualidade”, exortou Manuel Vicente.

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