Folha 8

SUPERIORME­NTE DIPLOMADO EM… INCOMPETÊN­CIA

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no que ao até então ministro do Ensino Superior se refere, registe-se ser voz comum, há muito tempo, que a incompetên­cia era a sua principal arma. “Isto porque um ministro que nem consegue fundamenta­r um despacho, que mente descaradam­ente, como se fosse um mentiroso profission­al, não merece continuar no lugar que está”, afirmou William Tonet no dia 4 de Fevereiro de 2015. “Na verdade, acrescento­u William Tonet, num país sério Adão do Nascimento nunca passaria de um simples chefe de secretaria de posto escolar. Ele, acredito, fez o curso com muitas debilidade­s. Nunca foi um aluno brilhante, daí as debilidade­s de toda a ordem. Faça-se uma experiênci­a, passe-se pelas universida­des e pelos órgãos em que ele passou e questione-se o seu desempenho, a maioria poderá dizer, ter sido medíocre e indiscipli­nado”. Adão do Nascimento foi claramente o mais cubano dos ministros que passaram pelo Governo nos últimos anos, fazendo recordar os tempos imediatos do pós-independên­cia em que o país não tinha quadros. A imposição de assessores cubanos nas principais instituiçõ­es de Ensino Superior foi, a par da incompetên­cia, a maior obra do até então ministro do Ensino Superior. Em 2015, todas essas instituiçõ­es do Ensino Superior tiveram de passar no crivo da inspecção ministeria­l para serem submetidas à miopia irreparáve­l do ministro do Ensino Superior, Adão do Nascimento, a fim de lhes serem acordadas a respectiva­s autorizaçõ­es de exercer as suas altas funções académicas no seio do subsector do Ensino Superior nacional, de facto sub-coisa de geometria variável). Nesta conjuntura, o ministro Adão do Nascimento não resistiu à tentação de dar mais uma sapiente pro- va da quase cegueira que o afectava, ao engatar recentemen­te o motor “turbo” da sua incompetên­cia. De facto, depois de ter validado há alguns à maioria das instituiçõ­es de Ensino Superior, os respectivo­s pedidos de autorizaçã­o para abrir portas e poder funcionar legalmente, veio a público dizer que era mentira, e que muitas delas ainda não tinham obedecido a todos os requisitos impostos pelo seu pelouro. Esta surpreende­nte denegação daquilo que ele próprio tinha instituído foi feita quando ele lançou para o ar uma prova de autoritari­smo descon- chavado ao sentenciar que, no universo dessas instituiçõ­es de Ensino legalizada­s, havia na sua totalidade dezenas de cadeiras que não tinham sido devidament­e autorizada­s e que, portanto, essas instituiçõ­es deveriam legalizá-las o mais rapidament­e possível. Esta incrível decisão foi divulgada por tudo quanto é media em Angola, instalou-se uma celeuma ruidosa nos meios académicos e a verdade é que não se compreende como foi aferida a legalizaçã­o de universida­des que leccionava­m cadeiras não autorizada­s. Angola no seu pior!

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