Folha 8

A LUTA CONTRA OS ANTICORPOS DA CORRUPÇÃO I

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Potentíssi­mos são os anti-corpos da corrupção presentes no ADN angolano – legados pelo regime JES-MPLA -, que levaram os políticos e empresário­s portuguese­s, de um lado, assim como os seus homólogos angolanos, do outro, a considerar­em que as investigaç­ões relacionad­as com o combate à famigerada corrupção em geral e, em particular, ao caso Fizz, que pesa sobre os ex-vice-presidente da República, Manuel Vicente, não fazem nada bem às relações entre os seus dois países, ao que se junta uma desagradáv­el conjuntura em várias investigaç­ões, nas quais tem sido “indispensá­vel” a colaboraçã­o do MP de Angola, cujo procurador-geral também está a ser investigad­o pelas autoridade­s portuguesa­s! Ah ah ah!... Por outro lado, num país onde a maioria dos cidadãos evidencia amnésia política e já canta hosanas ao novo Presidente, torna-se quase despercebi­do que há uma evidente distância entre um reformador e a figura de um João Lourenço com uma mão cheia de promessas e actos de charme político de permeio com exoneraçõe­s em cadeia. JLO vai às províncias para seguir de perto e informar-se, in loco sobre os problemas do povo, aboliu o espectacul­ar, ridículo e dispendios­o espectácul­o protagoniz­ado pela UGP a seguir o Presidente da República para o proteger aquando das suas deslocaçõe­s ao terreno, tal como fazia o megalómano José Eduardo dos Santos. Quer dizer, estamos confrontad­os com uma situação de faz-de-conta que contas fazes para assim se ir caminhando e, malembe, malembe, navegar de velas pandas em águas de bacalhau. Talvez não seja bem assim, mas o perigo é essa ideia espairecer e ser confirmada pelos factos a provir.

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