Folha 8

VICENTE REPATRIA FUNDOS

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Oantigo Vice-Presidente de Angola, Manuel Domingos Vicente, (segundo o Club K com data de 19.12.18) é citado em “assessemen­ts” do Banco Nacional de Angola (BNA) como tendo aderido o apelo do governo respeitant­e ao processo de repatriame­nto de fundos. A iniciativa de Vicente, é em resposta, a lei sobre repatriame­nto, aprovada em Novembro que prevê medidas coercivas contra indivíduos que mantém no estrangeir­o quantias de proveniênc­ia ilícita. Vicente é considerad­o como detentor de uma das maiores fortunas de Angola obtida ao tempo em que a So- nangol (não altura por si chefiada) realizava contratos com as suas empresas privadas (Sakus, Nazaki, Baker Angola, SOMOIL, Namkwang Angola, Sigma Group, e etc ). De acordo com fontes abalizadas, o seu património estará estimado em cerca de 10 biliões de dólares, distribuíd­os em nome de familiares (Mirco de Jesus Martins) e de uma rede de “testas de ferro” (Sandra dos Santos Joaquim, Morais Marcolino, António Frederico da Silva, Fernando Osvaldo dos Santos, Hélder Felix António Eduardo, etc) . Nos últimos anos, Vicente perdeu os rastos de um “testa de ferro” suíço que guardava cerca de 300 milhões de dólares americanos, agora dados como desapareci­dos. Um outro sócio de Vicente, para as questões de negócios imobiliári­o, Orlando José Veloso, é também citado como tendo solicitado pareceres sobre procedimen­tos e requisitos a serem cumpridos, para também repatriar fundos que mantém no estrangeir­o. Engenheiro reformado da Sonangol, Orlando Veloso foi durante muito tempo o director da extinta “Direcção de Engenharia (DENG) que mais tarde foi transforma­da em SONIP, a empresa responsáve­l pelos projectos de construção envolvendo a petrolífer­a estatal. A Veloso, segundo fontes do ClubK, é-lhe, atribuído um património pessoal avaliado em US 800 milhões de dólares com negócios no ramo da construção e outros assegurado­s por sócios fora do país como é o caso do palestino Mazen Odeth Qusous e o chinês Chen Wai Kwan. De todos antigos membros do regime do MPLA, o ex- ministro das Finanças, José Pedro de Morais terá sido o primeiro a exprimir predisposi­ção em abraçar o apelo das autoridade­s em repatriar fundos em troca de perdão. Morais é geralmente citado como tendo uma fortuna na casa dos dois biliões de dólares adquiridos ao tempo da imoralidad­e e da promiscuid­ade que caracteriz­ava o governo do ex-presidente Eduardo dos Santos.

pamento de empresas Sacyr Somague Angola e Griner Engenharia, por 40.168 milhões de kwanzas (115 milhões de euros). Um segundo despacho autoriza a empreitada de construção das infraestru­turas da vila da Muxima, por 50.624 milhões de kwanzas (145 milhões de euros), pelo agrupament­o de empresas Casais Angola e Omatapalo. Outros dois despachos autorizam as empreitada­s de fiscalizaç­ão às obras à Progest, por 127 milhões de kwanzas (365 mil euros), e à Dar Angola Consultori­a, por 699 milhões de kwanzas (dois milhões de euros). O actual projecto do Grupo de Obras Especiais para a Muxima, definido em 2014 pelo ex-presidente angolano José Eduardo dos Santos, exclui obras importante­s de requalific­ação, razão pela qual será necessário englobar a restauraçã­o de edifícios existentes, como o templo da Igreja Católica e o Forte da Muxima, monumentos construído­s durante a ocupação portuguesa. Este projecto foi lançado em 2008 pelo então Presidente José Eduardo dos Santos que, cerca de um ano de- pois, aquando da visita pastoral de Bento XVI a Angola, mostrou a maqueta ao papa e ofereceu a futura basílica à Santa Sé. A vila foi ocupada pelos portuguese­s em 1589, que, dez anos depois, construíra­m a fortaleza e a igreja de Nossa Senhora da Conceição, também conhecida como “Mamã Muxima”, que na língua nacional Kimbundu significa “coração”. O projecto visa a intervençã­o numa área de 40 hectares e só a basílica será edificada num espaço de 18.000 metros quadrados, tendo capacidade para acomodar 4.600 pessoas sentadas, bem como o seu arranjo urbanístic­o. Prevê, no exterior da basílica, a construção de uma praça pública para receber até 200.000 peregrinos. Envolve ainda infraestru­turas rodoviária­s em torno do perímetro do santuário e áreas de estacionam­ento para 3.000 viaturas. A vila da Muxima transformo­u-se no maior centro mariano da África subsaarian­a, mas o templo actual tem apenas capacidade para 600 pessoas sentadas, insuficien­te, por exemplo, para a anual peregrinaç­ão de Setembro que leva àquela vila, junto ao rio Kwanza, mais de um milhão de fiéis. O executivo angolano decidiu, em Outubro de 2014, reestrutur­ar o projecto do novo santuário, da autoria do arquitecto português Júlio Quaresma, prevendo a implantaçã­o do novo santuário numa área de 18.352 metros quadrados, tendo a nova catedral capacidade para acomodar 4.600 devotos sentados, além de contemplar a construção da vila Nossa Senhora da Muxima.

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