Folha 8

“ANA PAULA DOS SANTOS ENTENDIA QUE ERA A DONA DE ANGOLA”, DIZ TCHIZÉ

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Maria Luísa Abrantes, em - presária e ex-presidente da Agência Nacional de Investimen­to Privado (ANIP) foi empurrada para um “exílio involuntár­io” nos EUA pela antiga primeirada­ma, Ana Paula dos Santos, acusa (22.12.18) a filha da antiga líder da ANIP, a deputada Welwitschi­a ‘Tchizé’ dos Santos, segundo o Novo Jornal. No mesmo áudio em que lança suspeitas sobre o Presidente da República, João Lourenço, e sobre o Chefe do Serviço de Inteligênc­ia e Segurança do Estado, general Fernando Miala, em relação a uma alegada perseguiçã­o de que está a ser alvo, Tchizé dos Santos acusa a antiga primeira-dama de ter forçado a sua mãe, Maria Luísa Abrantes, a sair de Angola. “Ana Paula dos Santos entendia que onde ela estava a Milucha Abrantes [Maria Luísa Abrantes] não podia estar”, diz a deputada, acrescenta­ndo que a ex-primeira-dama pensava que Angola “tinha dona” e que o ar que se respirava no país só a ela própria pertencia. “A Milucha não tinha direito a respirar”, lamenta a também empresária, que prossegue na acusação. Segun- do a parlamenta­r, a sua mãe foi “empurrada para um exílio involuntár­io, entre aspas, nos EUA, onde passou 21 anos”. Por detrás dessa saída, aponta Tchizé, esteve Ana Paula dos Santos, que para isso utilizou “toda a influência que tinha”, não apenas dela mas também “das pessoas que a rodeavam e a queriam bajular”. A deputada do MPLA sublinha que a mãe foi muito humilhada, experiênci­a que a própria Maria Luísa Abrantes relatou em entrevista à LAC, emitida no passado dia 18.12.18 “Fui a pessoa mais humilhada pelos serviços dele [José Eduardo dos Santos], sempre fizeram o pior para me humilhar dentro e fora do país. Inclusive chegaram ao ponto de fazerem um telefonema anónimo, de mandarem agentes [aos EUA] com a denúncia de que vendia droga”, disse a ex-presidente da Agência Nacional de Investimen­to Privado (ANIP). Maria Luísa Abrantes relatou o episódio para demonstrar que se sai em defesa do ex-presidente da República fálo por convicção e não por eventuais favorecime­ntos.

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