TUDO DIFERENTE EM 2019. PALAVRA DE PRESIDENTE!
OHospital Américo Boavida, em Luanda, vai beneficiar de reabilitação profunda em 2019, para suplantar os problemas de micro e macro drenagem que estão a degradar as fundações do edifício. Diagnóstico feito (como muitos outros) só falta iniciar o mais difícil, a terapêutica. Isto porque, parece-nos, promessas não curam doentes. Mas é bem possível que a Coreia (do Norte) dê uma ajuda. A informação foi avançada pela ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, no final da visita do Presidente da Re- pública, João Lourenço, à referida unidade hospitalar que tem capacidade para 800 camas. Fundado em 1958, o Américo Boavida é um hospital universitário de referência que conta com 300 trabalhadores e 173 médicos, entre angolanos e estrangeiros (os expatriados são maioritariamente cubanos). Tem quase todas as especialidades, excepto as de otorrinolaringologia e oftalmologia. A ministra da Saúde disse que o hospital precisa de uma reabilitação profunda com especial atenção à parte estrutural, por haver problemas de micro e macro drenagem que estão a degradar as fundações do edifício. Sílvia Lutucuta informou que o seu pelouro está a trabalhar com o Ministério da Construção e o Laboratório de Engenharia, que vão dar instruções técnicas precisas para a reabilitação do edifício. A ministra manifestou-se satisfeita com o facto de o Presidente da República ter visitado a estrutura hospitalar no final do ano. “É mais uma demonstração de que o Presidente da República está preocupado com o sector social e agora veio dar mais uma mão ao sector da saúde”, disse Sílvia Lutucuta. À semelhança de outras unidades hospitalares, o Hospital Américo Boavida conta com um apoio financeiro para a compra de equipamentos. A ministra acredita que com a combinação de novos equipamentos e a reabilitação das áreas com problemas graves, tal pressuposto vai dar uma melhor qualidade assistencial aos pacientes. Do ponto de vista de medicamentos, informou que o hospital está bem, além de estar a decorrer um concurso público para aquisição de fármacos, num processo que será contínuo e mais abrangente. Por sua vez, em declarações à Angop, o director do Laboratório de Engenharia de Angola, Rui Marques, informou que a anomalia no hospital Américo Boavida se deve, sobretudo, à elevação do nível freático. Explicou haver obstrução no sistema de drenagem que tem provocado inundações e a elevação do nível freático que, por sua vez, levou à ocorrência de assentamentos na estrutura do hospital. O engenheiro entende que a solução passa pela reabilitação da rede de drenagem pluvial. Segundo o técnico, existe um projecto que foi feito em 1969 pelo laboratório de engenharia e construído o sistema de drenagem pluvial que albergava a rede de escoamento do hospital no contexto desta zona da cidade. Este projecto está disponível e é possível identificar quais são as áreas onde existirá obstrução das condutas e dos colectores, adiantou. Informou também que após o trabalho da recuperação da rede de drenagem, será necessário fazer o reforço das fundações dos edifícios que apresentam problemas de estabilidade. A recuperação pode ser feita sem a necessidade de evacuar completamente o edifício. O Presidente da República visitou todas as áreas do hospital, com destaque para as enfermarias, bloco operatório, serviços de urologia, cardiologia, neurologia, gastrenterologia, dermatologia, área de medicina interna e as três áreas de urgências.