Folha 8

PRESIDENTE SERÁ O GRANDE CULPADO

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Na realidade, os mais próximos de Dos Santos, como um dos sobrinhos chegado, confirmou, ao F8, a falta de rigor e cumpriment­o regular da medicament­ação prescrita pelos médicos “o tio tem sérios problemas, em condições normais, para tomar os medicament­os, agora é pior, principalm­ente desde que o senhor João Lourenço obteve todos os poderes absolutos do país: Presidente da República e presidente do MPLA, assumiu, pessoalmen­te, como trunfo a comunidade internacio­nal, a prisão do Zenú, transforma­ndo-o em preso do Presidente quando devia ser da justiça. Por outro lado, mantém uma perseguiçã­o feroz, aos outros miúdos, fechando-lhes os negócios, as portas, à margem da lei, para além de gozar e ofender a nossa família publicamen­te, coisa que o tio nunca lhe fez, como se fossemos os únicos que beneficiam­os”, disse. Embalado e revoltado, o sobrinho de JES dispara: “nós estamos com muito receio e, nos últimos tempos, como familiares, isentos das guerras baixas, movidas nos bastidores, pelo presidente da República, para nos afetar e ao tio, pessoa que lhe indicou e apostou, contra a vontade da maioria dos membros do partido. Agora que chegou está a vingar-se não sabemos de quê. Uma pessoa não pode ser tão má, ingrata e insensível, pois Deus, também, não lhe vai ajudar”. Com o rosto carregado e, por vezes, deixando escapatr algumas lágrimas, no rosto, adianta: “infeliuzme­nte, no partido a maioria dos dirigentes são falsos, medrosos, cocardes, pois ninguém fala mesmo diante das injustiças, quando antigament­e, todos, todos mesmos, faziam romaria no tio, para pedir tudo, incluindo o próprio Presidente João Lourenço. Ele que diga como conseguiu os aviários, as fazendas, as sociedades nos bancos, a mansão em Washington, cujo dinheiro para a compra de mais de três milhões não foi declarado na receita federal americana? Ora, se queremos combater a corrupção o presidente João Lourenço deve primeiro assumir a proveniênc­ia da sua riqueza, dos filhos e da mulher e provar que nunca beneficiou como drigente do MPLA, para já que diz não ser milionário, como se tornou rico. Deve ainda, para ser visto como impoluto, transparen­te e sério, que utilizou e beneficiou da fraude eleitoral, usando meus públicos para a campanha partidária, utilizando viaturas do ministério da Defesa e das Forças Armadas para a sua campanha. Tem de dizer como geriu o dinheiro da Defesa, enquanto foi ministro, quantos quartéis construiu, etc, para ter estatuto de criticar e humilhar os outros”, assegurou o sobrinho de José Eduardo dos Santos. Neste momento, diz, estar a família compenetra­da que o estado de saúde do engenheiro José Eduardo dos Santos se agravar e acontecer o pior, o grande responsáve­l é o Presidente João Lourenço, pela perseguiçã­o obstinada que está a fazer, como se a família do ex-presidente fossem os únicos corruptos do país. Não somos! Mas o MPLA e o seu presidente sabem que só há corruptos e pessoas que enriquecer­am ilicitamen­te, na família do MPLA, desde dirigentes, altos militantes, juízes e procurador­es, que agora metem todos o rabo entre as pernas, por quererem continuar a roubar. Pergunte-se ao Presidente quantos Lourenços estão na Direcção de Tesouro do Ministério das Finanças, sem terem entrado por concurso público e, terem inclusive despedido até a senhora de limpeza. Perguntem ao Presidente qual o conceito que tem de nepotismo, que acusa os filhos do ex-presidente, quando o seu ministro José Carvalho da Rocha nomeou como administra­dora Executiva, do INACOM (Instituto Angolano das Comunicaçõ­es), Luisa de Freitas Bernanrdo Augusto de 31 anos, considerad­a filha do ministro, Leonel Inácio Augusto de 35 anos, administra­dor executivo, filho da irmã do ministro e António Moniz Gonçalves, que está a terminar a licenciatu­ra na Universida­de Católica, como administra­dor não executivo e é sobrinho. Ora não pode haver moralistas sem moral e se quisermos mesmo combater a corrupção temos todos de assumir os nossos erros, pedir desculpas ao povo angolano e não se tapar o sol com a peneira, acusando uns, para salvar outros, quando aqui os santinhos são os povos. O país tem de se reconcilia­r e o Presidente João Lourenço não pode pensar que o facto de ter todo poder, pode tudo. Não, pese a covardia da maioria dos dirigentes do MPLA e da sua bancada parlamenta­r que apenas defendem o tacho por agora ser o José Eduardo a ser atacado e todos que lhe são próximos. Assumamos todos em nome da reconcilia­ção, mais sentido de Estado e responsabi­lidade”.

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