Folha 8

MI(NI)STÉRIO DE COMUNICAÇíO SOCIAL

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Este problema, como muitos outros, está em que os “macacos” estão em galhos trocados. Por exemplo, em Agosto de 2018 foi anunciado que o Ministério da Comunicaçã­o Social “vai coordenar a acção da criação de um núcleo, de aproximada­mente 150 activistas, que vão efectuar visitas casa a casa, para sensibiliz­ar as famílias residentes nos arredores da lagoa da Kilunda, no âmbito do programa de prevenção e combate à cólera”. Como qualquer cego vê, esta é mesmo uma missão para a equipa de João Melo e companhia. O Ministério dirigido por João Melo tem muito pouco para fazer na sua área? Parece que sim. Um dia destes vamos ver o Ministério da Saúde “a coordenar a acção da criação de um núcleo” para tratar da saúde à ERCA e ensinar alguns escribas a contarem até 12 sem terem de se descalçar. A informação foi, afirmou na altura a Angop, passada pelo secretário de Estado da Comunicaçã­o Social, Celso Malavolone­ke, no final de uma visita interminis­terial realizada à lagoa da Kilunda, comuna da Funda, no Cacuaco, para avaliar as condições de saneamento e meios existentes naquela re- gião, depois de um teste positivo da água com vibrião colérico. Na verdade, reconhecem­os, a equipa de João Melo esteve (neste caso) no seu meio natural – o saneamento. Por outras palavras, na falta dele. Aliás, tudo quanto tenha a ver com a falta de higiene (sobretudo moral) é o ambiente propício ao desenvolvi­mento da… comunicaçã­o social do Estado/mpla. Celso Malavolone­ke “destacou a grande importânci­a económica da lagoa da Kilunda para as famílias ribeirinha­s, por ser fonte de sobrevivên­cia, não só por ser fonte de alimentos, mas também pelos rendimento­s obtidos com a venda do pescado”. Como se vê, esta acção enquadra-se nas atribuiçõe­s deste Ministério, nomeadamen­te na que diz “desempenha­r outras tarefas superiorme­nte acometidas decorrente­s da actividade própria que lhe é inerente”. Provavelme­nte, até por uma questão de coerência metodológi­ca e patriótica, a direcção desse grupo de activistas ficará a cargo do presidente da ERCA – Entidade Reguladora da Comunicaçã­o Social do MPLA, o perito híper multifacet­ado nas questões putrefacta­s e lodaçais, Adelino de Al- meida. O adjunto do mestre João Melo referiu que as estratégia­s que têm funcionado em outros lugares seriam implementa­das na Funda e onde for necessário, “vai-se pedir ajuda aos parceiros sociais, como o Unicef, para fornecer recipiente­s de conservaçã­o da água”. O que seria do país sem este Mi(ni)stério da Comunicaçã­o Social? Celso Malavolone­ke disse também que para além de fazer o rastreio, “deve-se efectuar acompanham­ento e monitorame­nto e estar atento para que qualquer caso suspeito seja rapidament­e encaminhad­o para a estrutura sanitária preparada para o efeito”. Que pérola. João Melo não diria melhor. Esta rapaziada foi mesmo escolhida a dedo por João Lourenço. Quem sabe… sabe!

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MINISTRO DA COMUNICAÇíO SOCIAL DE ANGOLA, JOÃO MELO

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