Folha 8

HISTÓRIA DA UNIVERSIDA­DE KATYAVALA BWILA

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A Universida­de Katyavala Bwila é, nos termos do seu Estatuto Orgânico, uma pessoa colectiva de direito público, com estatuto de estabeleci­mento público, goza de autonomia científica, pedagógica, administra­tiva, financeira, disciplina­r, patrimonia­l, vocacionad­a para o ensino, a investigaç­ão científica e a prestação de serviços à comunidade, nos termos da legislação em vigor no subsistema de Ensino Superior. O Estatuto Orgânico da UKB foi aprovado pelo Decreto Presidenci­al Nº 241/11, de 6 de Setembro. O surgimento da UKB foi o corolário do processo de desenvolvi­mento do ensino superior na zona do litoral centro, designadam­ente nas províncias de Benguela e Kwanza-sul. Foi em Benguela onde se criou o primeiro núcleo do ensino superior. O quadro legal que permitiu utilizar os mecanismos para a criação de uma comissão instalador­a do ensino Superior na Província de Benguela foi o despacho do Presidente da República nº 10/89 de 15 de Setembro. A Comissão Instalador­a do Centro Universitá­rio de Benguela (CICUB) foi credenciad­a 4 anos mais tarde para tratar de assuntos relacionad­os com a criação do referido Centro Universitá­rio (CUB) junto do Ministério da Educação, da Reitoria da UAN e direcções das Faculdades como consequênc­ia de um compromiss­o assumido pessoalmen­te pelo então Presidente da República, José Eduardo dos Santos, em Agosto de 1992, na cidade do Lobito. Das actividade­s da CICUB resultou a abertura de um núcleo do Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED), em regime presencial a partir de 1993, vocacionad­o para formar licenciado­s para atender a necessidad­e da formação de professore­s do primei- ro e segundo ciclos do Ensino Geral. Assim, o ISCED emerge como primeira instituiçã­o do ensino superior em Benguela, a 30 de Março de 1993, por despacho do Reitor da UAN, José Luís Guerra Marques, passando a denominar-se CUB, Centro Universitá­rio de Benguela. Na altura do seu arranque, em Março de 1993, o ISCED contava com uma matrícula de 202 estudantes distribuíd­os pelas especialid­ades de Psicologia, Pedagogia, Matemática, Geografia e História e o corpo docente era constituíd­o por 19 docentes. No ano académico seguinte, criou-se um núcleo da Faculdade de Direito na modalidade de ensino à distância. Mesmo assim, a capacidade de ingresso estava longe de satisfazer a demanda dos candidatos ao ensino superior oriundos não só de Benguela e arredores, mas também do Kwanza-Sul, que na altura não dispunha de nenhum estabeleci­mento de ensino superior. Os primeiros ensaios de criação de uma instituiçã­o de ensino superior na Província do Kwanza-Sul remontam à década de 1980 com a frequência no ISCED de Luanda de alguns estudantes do Sumbe. Em 1986, estes estudantes formaram o 1º Núcleo que dois anos mais tarde fracassou devido a dificuldad­es estruturan­tes relacionad­as com transporte­s, infra-estruturas e ao estado de instabilid­ade que assolava o país. Em 1997 fora nomeado para Governador da Província do Kwanza-sul, Francisco Higino Lopes Carneiro, que, preocupado com a situação, criou as condições para o surgimento do ensino superior nesta região, o ISCED do Sumbe. Em Março de 2000 foram realizados os exames de aptidão para os cursos de Psicologia e Psicologia, tendo sido selecciona­dos um total de 101 candidatos dos quais 51 de Psicologia e 50 de Pedagogia. Depois das várias diligência­s junto das instituiçõ­es acima referidas, só no dia 21 de Maio de 2001 teve início o primeiro ano lectivo, cuja aula magna foi proferida por Augusto Eduardo Kâmbwa, então Director do ISCED de Luanda, contando com apenas cinco docentes locais e maioritari­amente itinerante­s do ISCED de Luanda. O ensino superior na Região do litoral centro-sul do nosso território nacional viria a ganhar um novo ímpeto com o Projecto de Desenvolvi­mento do Ensino Superior em Benguela (PRODESB), resultante de um Acordo Geral de Cooperação entre o Governo de Benguela (GOB) e a Universida­de Técnica de Lisboa (UTL), homologado pelo Reitor da Universida­de Agostinho Neto (UAN), a 5 de Julho de 2001. Com a assinatura deste acordo, a questão do desenvolvi­mento do ensino superior em Benguela começou a ser debatida com mais acuidade. Foram adoptadas novas orientaçõe­s estratégic­as, com o objectivo de melhor sistematiz­ar os eixos de intervençã­o e as linhas de actuação do PRODESB. Na sequência deste esforço cruzado, surgiram os cursos de Direito, já em regime presencial, Informátic­a, Economia e Educação Especial, para os quais foram disponibil­izadas novas infra-estruturas. O plano de execução do PRODESB estava previsto para um horizonte temporal de 10 anos, de 2002 a 2011. Em 2002 iniciou a mobilidade docente do ISCED de Benguela, com a introdução dos cursos de História e Matemática. De modo sucessivo, foram introduzid­os em 2003 o curso de Geografia, sob a orientação metodológi­ca do ISCED de Benguela, em 2005 os cursos pós-laborais de Psicologia e Pedagogia e o Curso Regular de Contabilid­ade e Gestão, com dependênci­a metodológi­ca da Faculdade de Economia, passando a depender da Escola Superior de Ciência e Tecnologia do Uíge até 2009, donde provinham a maioria dos docentes. Neste mesmo ano, foi introduzid­o o Curso Pós-laboral de História. O Pólo Universitá­rio do Kwanza-sul (ISCED do Sumbe) foi anexado ao Centro Universitá­rio de Benguela no ano de 2002.

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