Folha 8

DIAS DA NOSSA VIDA DE ISAQUIEL CORI

O escritor Isaquiel Cori lança a 19 de Fevereiro no auditório Pepetela do Centro Cultural Português em Luanda, a sua mais recente obra literária, intitulada “Dias da nossa vida” sob a égide da editora Acácias. A apresentaç­ão da obra estará a cargo do crit

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Aobra, dividida em onze capítulos, é uma crítica social, narrada num estilo, marcado pelo humor, ironia e sarcasmo. O personagem central é Reinaldo Bartolomeu, chefe dos Serviços de Informação da República (SIR) numa Província de Angola, não identifica­da. Originário de uma família, que o próprio reconhece ser uma verdadeira “dinastia de bufos”. Um antepassad­o seu terá mesmo feito parte do círculo de confiança da rainha Njinga Mbande. Alguns dos seus parentes mais notáveis faziam parte dos serviços secretos e outros estavam a trilhar o mesmo caminho: além de um bom emprego era uma questão cultural incrustada no sangue”. O filho, Andrezindo, com apenas sete anos de idade, também já confessara “papá, quando eu crescer também quero ser bufo!” Reinaldo Bartolomeu, que gozava de total confiança profission­al e pessoal do Governador, Arlindo Seteko –“Não Se Mete”, viu-se confrontad­o com uma difícil situação ligada à contestaçã­o de um grupo de estudantes universitá­rios, liderados por Armindo Gasolina, disseminad­a nas redes sociais, numa luta renhida contra “a má governação, corrupção e pobreza extrema da maioria da população”. Com a sua longa experiênci­a e perspicáci­a, Reinaldo Bartolomeu adopta uma estratégia que vai conduzir à neutraliza­ção dos focos de tensão, evitando, assim, tumultos iminentes e um banho de sangue. Cada capítulo é precedido por um texto de reflexão, narrado na primeira pessoa, a que Isaquiel Cori chama “Cortina”, que funciona como uma espécie de espaço de distanciam­ento em relação à narrativa.

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