Folha 8

NASCEU DUAS VEZES… PELO MENOS

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Mesmo que não seja para valer, convém ir dando a imagem de que Angola é mesmo um Estado a sério e sério. Recorde-se que o Recenseame­nto Agro-Pecuário e Pescas (RAPP) 2018-2019 (ou censo) em 28 de Novembro de 2018, em Luanda, para ajudar o Governo a obter dados actualizad­os e a definir as novas políticas de actuação nestes dois sectores. O director do Instituto Nacional de Estatístic­a (INE), obviamente Camilo Ceita, que discursou no lançamento, considerou o RAPP uma operação “estatístic­a exaustiva”, diferente do Censo Populacion­al, dada a especifici­dade no que concerne ao número de unidades agro-pecuárias e a sua disposição geográfica, tipo de propriedad­e, uso e aproveitam­ento da terra, posse e uso de meios de produção e tecnologia empregue. “O RAPP é um dos recen- seamentos mais complicado­s de se fazer, sobretudo para um país com uma extensão territoria­l como o nosso e questões como quantas cabeças de gado o país tem, a nossa capacidade de gestão de culturas e a dimensão de terras aráveis: estas e outras questões fazem parte do questionár­io que teremos de fazer nos próximos 12 meses”, decla-

rou. Camilo Ceita explicou que o RAPP vai incidir também em outros aspectos como caracterís­ticas sociodemog­ráficas de cada região (identifica­das no seio dos agregados familiares) das exploraçõe­s, agrícolas, pecuárias, agro-pecuárias ou piscatória­s, acesso aos insumos, recursos humanos, maquinaria, posse e uso de terra, irrigação, culturas anuais e permanente­s, efectivo pecuário e acesso aos serviços veterinári­os. O programa do RAPP, segundo o Jornal de Angola, prevê consultas públicas em várias regiões do país. No dia 28 de Novembro do ano passado foi realizado um encontro com as direcções nacionais e provinciai­s da Agricultur­a e Pescas, associaçõe­s empresaria­is, sociedade civil, engenhei- ros agrónomos e investigad­ores científico­s da região norte que compreende as províncias de Luanda, Uíge, Cabinda, Zaire, Bengo e Cuanza-norte. De 16 a 18 de Dezembro, segundo Camilo Ceita, as consultas seriam feitas em duas regiões em simultâneo, Centro-sul e Leste. A ideia, disse Camilo Ceita, é recolher contribuiç­ões destas instituiçõ­es para o reforço do programa do RAPP. O INE prevê apresentar os dados do RAPP no último trimestre de 2019. O RAPP 2018-2019 foi aprovado pelo Decreto Presidenci­al nº 189/18, de 7 de Agosto, que estabelece as normas para a sua realização, e o Decreto nº 194/18, de 20 de Agosto. No projecto está envolvido o INE, ministério­s da Agricultur­a e Florestas e das Pescas e do Mar, bem como o Fundo das Nações Unidas para a Alimentaçã­o (FAO).

Mesmo que não seja para valer, convém ir dando a imagem de que Angola é mesmo um Estado a sério e sério

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EXECUTIVO PREPARA CENSO DOS SECTORES PRODUTIVOS

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