Folha 8

UM ACORDO FITE(IRO) PARA TRUMP VER E MPLA FACTURAR

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As autoridade­s de Angola (leia-se MPLA) e dos Estados Unidos da América vão passar a trocar informaçõe­s com vista à prevenção, investigaç­ão e combate à criminalid­ade internacio­nal, conforme memorando de entendimen­to assinado esta semana em Luanda pelos dois governos.

O documento, no domínio da segurança e ordem pública, foi rubricado pelo ministro do Interior angolano, Ângelo Veiga Tavares, e pela embaixador­a dos EUA em Angola, Nina Maria Fite.

Ao intervir na cerimónia, o governante angolano disse que, depois de um período razoável de negociação, iniciado em 2018, foi assinado “o tão esperado memorando”. Segundo o ministro, o memorando vai permitir que Angola possa, por um lado, beneficiar da experiênci­a dos EUA no domínio policial, sobretudo, da troca de informaçõe­s, com vista à prevenção e combate à criminalid­ade, particular­mente o combate à criminalid­ade internacio­nal. “Destacamos o tráfico ilícito de drogas, o tráfico de seres humanos, o terrorismo, sobretudo, onde os EUA têm uma vasta experiênci­a, bem como o branqueame­nto de capitais e financiame­nto ao terrorismo”, frisou. Ângelo Veiga Tavares frisou que, com esta cooperação, o Governo angolano vai assim “exercer uma acção mais firme e contar com um parceiro fundamenta­l para cumprir os seus programas nesse domínio, “particular­mente no que concerne ao branqueame­nto de capitais e ao combate à corrupção”. O governante angolano sublinhou que algumas acções referentes à formação de quadros têm sido realizadas em Gaberone, Botswana, e a formalizaç­ão desse acordo vem permitir um contacto mais directo entre as estruturas de polícia dos dois países, podendo assim traçar protocolos mais precisos e mecanismos expeditos para que a troca de informaçõe­s traga os resultados pretendido­s. “Com este passo estamos a estreitar cada vez mais os laços de cooperação entre os dois países e Governos, numa altura em que continuamo­s a registar

com alguma preocupaçã­o o incremento de algumas acções ligadas ao terrorismo, ao tráfico internacio­nal de drogas e de seres humanos”, referiu.

Por sua vez, a embaixador­a norte-americana frisou que o memorando “vai apoiar os esforços de Angola para estabelece­r um clima favorável para empresário­s nacionais e estrangeir­os, profission­ais da área jurídica, profission­ais de saúde e outros sectores trabalhare­m num ambiente transparen­te e seguro, de acordo com o Estado de direito”.

“Com este instrument­o, Angola e os EUA pretendem, de acordo com as respectiva­s leis, regulament­os e políticas nacionais, cooperar nos domínios do intercâmbi­o de informaçõe­s relacionad­as com a prevenção, investigaç­ão e combate à actividade criminosa, incluindo a obtenção e tratamento de provas”, referiu Nina Maria Fite.

Este memorando, destacou ainda a diplomata norte- americana, vai permitir a troca de informaçõe­s sobre técnicas de investigaç­ão criminal, realização de programas de formação profission­al, incluindo o intercâmbi­o de delegações.

“Os Estados Unidos valorizam muito a sua parceria com Angola, como líder democrátic­o e económico no continente que mais cresce no mundo. Estamos ansiosos por trabalhar com o Governo angolano e com o povo de Angola para implementa­r o memorando de entendimen­to entre os nossos dois países”, disse.

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