ACÇÃO EM MOÇAMBIQUE
Em Moçambique, o Fundo assinou um acordo com o Moza Banco e o Ecobank, tendo garantido 4 milhões de dólares em vários projectos que não são divulgados porque “a transacção é ao nível do banco e muitas vezes os clientes nem sabem que o seu empréstimo é segurado por nós, há uma garantia silenciosa”, explicou. O Fundo de Garantia Africano, fundado na Tanzânia em 2012 pelo antigo presidente do Banco Africano de Desenvolvimento Donald Kaberuka e os governos da Dinamarca e de Espanha, funciona em 40 países no continente, tendo feito um acordo com mais de 100 bancos para empréstimos e assistência a mais de 20 mil PME e tem como missão “ajudar as instituições financeiras a aumentar o financiamento às PME africanas através de garantias financeiras parciais e assistência em temos de desenvolvimento de capacidades”. O relatório intitulado de “Criação de Emprego na África Subsaariana: Empreendedores. Governos. Inovação,” mostra a prevalência de uma cultura de empreendedorismo crescente. Em Angola, Gana, Moçambique e Nigéria, 72% dos inquiridos afirmou que prefere iniciar a sua própria empresa a trabalhar por conta de outrem. É uma visão essencial que apresenta uma África sedutora, com um mercado regional dinâmico e diversificado. É, de facto, evidente que o tempo veio a dar enfoque ao fortalecimento do sector das PME da região, principalmente no que se refere à criação de emprego, permitindo que se desenrole a uma maior velocidade. A maioria dos inquiridos acredita que com reinvestimentos contínuos nos recursos naturais, políticas fortes e um melhor acesso ao capital, os empreendedores africanos poderão vir a ser os maiores empregadores da região. Com base nos resultados do relatório, torna-se ainda mais claro que há uma mentalidade empreendedora e vibrante a tomar conta da África Subsaariana – especialmente nos grandes sectores como a agricultura, os recursos naturais e a tecnologia. Felix Bikpo, CEO do Fundo de Garantia Africano (AGF), disse recentemente que
a organização está a financiar o reforço de capacidades para os jovens empreendedores que tenham por objectivo criar mais de
10 mil novos postos de trabalho por ano. É óbvio que a educação e o desenvolvimento de competências precisam de continuar no centro das políticas económicas, pois sem elas os cérebros do continente poderão ter que travar muitas lutas para vencerem.