Folha 8

UAU. FINALMENTE CHEGOU!

-

OGoverno angolano recebeu esta semana oficialmen­te o primeiro navio de investigaç­ão oceânica, construído na Roménia pela holandesa Damen e orçado em 80 milhões de dólares (71 milhões de euros), embarcação que permite 29 dias de autonomia no mar. Segundo as autoridade­s angolanas, o navio “Baía Farta”, cujas acções iniciais de investigaç­ão estão previstas para finais de Agosto ou princípio de Setembro, é o primeiro do género em África e o terceiro a nível do mundo em termos de capacidade, laboratóri­os e autonomia. Era mesmo do que Angola precisava.

O “Baía Farta”, atracado na Base Naval de Luanda, abarca “distintas valências”, nomeadamen­te “sofisticaç­ão científica e tecnologia, dispositiv­os de pesquisa de ocorrência­s de micro plásticos” e para o sector das pescas “instalação de um sistema organizado de lota”, referem as autoridade­s.

No dia 22.07, o ministério das Pescas e do Mar de Angola e a empresa Damen procederam, em pleno navio, à assinatura do certificad­o de entrega definitiva do “Baía Farta” que ainda apresenta “algumas inconformi­dades”, detectadas na viagem da Roménia.

“Conseguiu-se verificar que ao longo da travessia surgiram algumas inconformi­dades, tivemos atenção a isso e com os nossos cientistas detectaram 29 inconformi­dades, a maioria foram corrigidas, sete vão ser corrigidas agora durante as provas do mar”, explicou a ministra das Pescas e do Mar, Maria Antonieta Baptista.

“O primeiro ano [de operação] tem garantia por parte do construtor”, assegurou.

Em relação ao orçamento global do navio, 80 milhões de dólares, a governante referiu que o montante “não é muito”, mas é necessário “procurar mercado para rentabiliz­ar” o custo. Maria Antonieta Baptista considera que o navio de investigaç­ão “é uma empresa que necessita de auto-sustentabi­lidade”, sobretudo devido aos custos com a “manutenção e combustíve­is”.

“Os gastos de combustíve­l dependem o grau de funcioname­nto e aqui onde estamos hoje parados todos os dias o navio é capaz de gastar até 2.500 litros de combustíve­l”, apontou.

Por seu lado, o director de Serviços da Damen, Patrick Kamerman valorizou a cerimónia referindo que a entrega oficial do “Baía Farta” às autoridade­s angolanas simboliza um “casamento durável e contínuo”.

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola