Folha 8

MAX ALIER, ELISABETE AZEVEDO-HARMAN OU DOMINIQUE STRAUSS-KAHN?

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Em Dezembro de 2009, o então director-geral do FMI, Dominique Strauss-kahn, fazia um aviso à navegação: “Os problemas acontecem quando os governos dizem à opinião pública que as coisas estão a melhorar enquanto as pessoas perdem os seus empregos”. Os governos, os representa­ntes do FMI ou os (supostos) especialis­tas… “Para alguém que vai perder o seu emprego, a crise não acabou. E isso constitui um alto risco”, afirmou o então director-geral do FMI, acrescenta­ndo que “isso também pode, em alguns países, tornar-se um risco para a democracia. Não é fácil administra­r esta transição, e ela não será simples para os milhões de pessoas que ainda estarão desemprega­das no próximo ano”. “A economia mundial somente se restabelec­erá quando o desemprego cair”, disse o responsáve­l do FMI. E se assim é, os angolanos estão ainda mais lixados, por muita que seja a lixívia usada por Elisabete Azevedo-harman e similares. Aliás continuam à espera dos 500 mil empregos que João Lourenço prometeu. E, convenhamo­s, se for possível a João Lourenço garantir que os angolanos conseguem estar uns anos sem comer, Angola não tardará muito a ter o défice em ordem e a beneficiar do pleno emprego. Até agora foram muitos os que se solidariza­ram com João Lourenço mas, quando estavam quase, quase, a aprender a viver sem comer… morreram! Segundo Max Alier e Elisabete Azevedo-harman, afinal os angolanos não têm nada a temer. Se, por um lado, há muita gente que vive pior (o que parece, segundo o Governo do MPLA, uma boa consolação), por outro, quando a crise passar, uma só refeição já será uma dádiva divina para os que não tinham nenhuma.

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DIRECTOR-GERAL DO FMI, DOMINIQUE STRAUSS-KAHN

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