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O Presidente da República, João Lourenço, exonerou no dia 24.07, os ministros do Interior, da Agricultura, da Economia e Planeamento, Ângelo de Barros da Veiga Tavares, Marcos Alexandre Nhunga e Pedro Luís da Fonseca. Bem vistas as coisas é uma, mais uma, experiência de aprendizagem por tentativa e erro. Tem sido assim há 44 anos. Ainda não acertaram na sorte grande. Mas a culpa é desta porque é ela que não acerta nos números do Governo.
Em despacho tornado público, o Chefe de Estado exonerou, igualmente, o secretário de Estado para o Planeamento, Manuel Neto da Costa, os governadores de Cabinda, Eugénio Laborinho, e do Kuando Kubango, Pedro Mutinde, bem como o secretário do Presidente da República para os Assuntos Económicos, Alcino dos Prazeres Isata Francisco da Conceição.
Num outro despacho, o Titular do Poder Executivo nomeou Eugénio César Laborinho como ministro do Interior, António Francisco de Assis, no cargo de minis
tro da Agricultura e Florestas, Manuel Neto da Costa, para ministro da Economia e Planeamento.
Foram igualmente nomeados Marcos Alexandre Nhunga como governador da Província de Cabinda, Júlio Marcelino Vieira Bessa, governador da província do Cuando Cubango, Lopes Paulo, secretário para os Assuntos Económicos do Presidente da República.
O Presidente da República nomeou também Samahina de Sousa da Silva Saúde para secretário de Estado para o Planeamento e Jorge Francisco Silveira para o cargo de director- adjunto do Cerimonial do Presidente da República. Tentativa e erro é um método de resolução de problemas em que várias tentativas são feitas para chegar a uma solução. O MPLA adoptou essa estratégia há 44 anos e lá vai procurando, sempre com claros benefícios próprios, encontrar a solução para a quadratura do seu círculo de incompetências.
É um método básico de aprendizagem que essencialmente todos os organismos usam para aprender novos comportamentos. Tentativa e erro é tentar um método, observar se ele funciona, e se não funcionar tentar um novo método. Este processo é repetido ( exonera, nomeia, exonera, nomeia) até que o sucesso ou uma solução seja alcançada, o que parece estar ainda muito longe de Luanda.
Por exemplo, imaginemos que João Lourenço quer mover um objecto tão grande como um sofá no seu Palácio Presidencial. Primeiro tentou movê- lo pela porta da frente, mas ele não passou. Em seguida, experimentou pela porta de trás mas o resultado foi o mesmo. Foi então que resolveu culpar o marimbondo do anterior inquilino por lá ter posto o sofá. Como nada resultava, exonerou o mordomo angolano contratando para o seu lugar um arquitecto cubano. O sofá continuava impávido e sereno. Sucediam- se as tentativas e os erros.
O Presidente teima em não perguntar à zungueira lá da esquina o que pensa do assunto. Para ele, se os génios do MPLA não encontram uma solução, é porque não há solução. Tivesse a coragem e hombridade de falar com a zungueira e a solução estaria encontrada. Ela diria: não tentem passar o sofá na horizontal mas sim na vertical…
Edward Thorndike , um pesquisador que estudou a teoria da aprendizagem por tentativa e erro usando gatos, fez especialmente uma “caixa quebra- cabeças”, estudou como os gatos aprenderam a escapar da caixa e concluiu que era através de tentativa e erro. Esta foi uma mudança de visão a partir da teoria da aprendizagem que propunha que a resolução de problemas acontece num súbito lampejo de entendimento, em vez de através de tentativa e erro.