Folha 8

MAKUTA NKONDO E BORNITO DE SOUSA NA “CÁTEDRA” II

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Bornito de Sousa deu o seu parecer. « Se quisermos recorrer aos nomes originário­s dos nossos lugares, o problema não é apenas a substituiç­ão de K por C, mas também o O, Cuando Cubango seria Kuandu Kubangu e Ndalatando, Ndalatandu. O nome verdadeiro de Ndalatando e Ndala utunda e o de Menongue é Mwene Vunonge, esclareceu. Makuta Nkondo questionou a escrita correcta do nome Malange, Malanje ou Malanzi? E Uige, Uije ou Wizidi? …” Nós optámos pelo nome de Malanje com J” - respondeu BS, acrescenta­ndo que Benguela ( também devia mudar) seria Bengela, sem U, pois a pronúncia seria Bengwela. No ensino Católico, aprendemos que o alfabeto das línguas bantu não possuem as letras C,H, J,Q, R. E Cokwe oferece dúvida, pois muitos lêem isto Kokwe. Para ser Tchokwe ou Tshokwe, o C devia levar um acento circunflex­o como nas línguas eslavas – realçou BS. Não apenas a toponímia que foi deturpada, mas também o os nomes dos rios, das árvores, dos animais e das pessoas. ( E Makuta Nkondo, à sua maneira, falou da origem do seu próprio nome)” O meu nome verdadeiro é Mpetelo, no registo o colono perguntou à minha mãe qual é o nome do bebê, a mãe respondeu Mpetelo, o colono escreveu Pedro, e do outro bebê, Nuni ( pássaro), Nunes, e outro ainda Sita, Esteves, etc.” - disse Makuta Nkondo, acrescenta­ndo que até hoje no Registo, os nomes bantu continuam a ser amputados ou deturpados. A província do Zaire seria de Nzadi ou mesmo Kongo, referiu Makuta Nkondo que propôs ao vice- presidente para organizar um fórum nacional de linguistas e outros conhecedor­es da matéria para corrigirmo­s a nossa toponímia. O vice- presidente da República aceitou com agrado a sugestão.

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