NEM VERGONHA TÊM
Em Fevereiro de 2016, a União Europeia, consciente de que Angola é um país… pobre e que, por isso, não tem meios para acudir às necessidades do seu Povo, atribuiu 1,3 milhões de euros para apoiar mais de 190 mil pessoas, sobretudo crianças, das províncias do Cunene e da Huíla.
A União Europeia referiu então que a verba, a ser aplicada pela organização não- governamental Visão Mundial e o departamento nacional de nutrição do Ministério da Saúde de Angola, visava reduzir a mortalidade e morbilidade infantil causada pela desnutrição. Com o referido valor iria ser ( dizia- se) proporcionado, durante um ano, a assistência nutricional a crianças com sintomas de malnutrição aguda ou moderada, nomeadamente menores de cinco anos. A intervenção deveria também permitir um aumento da capacidade de resistência das populações rurais, bem como do seu conhecimento das melhores práticas para a prevenção e tratamento da desnutrição infantil no futuro.
A União Europeia considerava na altura “alarmante” a situação de insegurança alimentar que enfrentava o sul de Angola, particularmente as províncias do Cunene e da Huíla. O apoio financeiro visava igualmente adquirir e distribuir alimentos terapêuticos e suplementares para os centros de nutrição, além das sessões de formação para o pessoal sobre a identificação e tratamento de crianças malnutridas. Essa intervenção de emergência iria ser complementada com actividades de desenvolvimento previstas no 11 º Fundo Europeu de Desenvolvimento, o maior instrumento de cooperação e financiamento da União Europeia em Angola, que se prolonga até 2020. Com um financiamento total de 195 milhões de euros para intervenções nos sectores da agricultura, água e saneamento e educação superior, a União Europeia pretendia apoiar o Governo angolano no reforço da segurança alimentar e nutricional em Angola, dentro da sua estratégia global para acabar com a desnutrição infantil crónica mundial.