JA OU JMPLA?
Ultimamente foi medrando em mim um hábito – enquanto pacientemente ia aguardando que Morfeu me envolvesse com o seu manto diáfano – de pervagar os meus fatigados olhos pelo Jornal de Angola ( JA) que é como quem diz, o Jornal do MPLA, sobretudo os artigos de opinião dos Silva Caetano caso esteja muito agitado ou a coluna que eles intitulam de “Citações” ou “Cartas dos Leitores” se quiser polvilhar o sono com umas nótulas de humor.
Por certo, suponho, o leitor não terá a paciência que eu – em divagações nocturnas, salientemo- lo – tenho para, dedejando, chafurdar no pasquim que diariamente insulta a inteligência dos angolanos ( mas ao contrário de outros, o Pravda só é lido por angolanos e em Angola e ainda bem pela vergonha que seria de outra forma) por tudo, mas sobretudo pela sua coluna de citações ou cartas de leitores, pretensamente escritas, justamente, pelos seus leitores… ou será que serão escritas por alguém assalariado que não mero leitor?
Sejamos objectivos e deixemo- nos de rodeios. O MPLA é uma desmesurada fraude.
Um logro e um embuste gigantescos, pelo que não será estranho que um dos seus órgãos, neste caso um asqueroso apêndice visceral, lhe copie os trejeitos, modos e esgares, por mais ínfimos que sejam, que de tão evidentes já a ninguém causam reacção ou comoção algumas. Como se esse boletim estivesse nu e ninguém visse ou quisesse ver. O apêndice mais perigoso do regime, por ser um jornal – fazendo por isso parte do 3. º poder – e ter a quase divinal missão de ser comprometido com a verdade e minimamente honesto, sobretudo intelectualmente, para com os seus leitores, é o JA. E o JA é o JMPLA, como irei provar nos parágrafos abaixo. Caros leitores rogo- vos que raciocineis comigo que prometo usar parágrafos curtos e frases simples para que não restem dúvidas. O JA é o JMPLA porque um dia algum poeta, estilisticamente - quem sabe Neto, A. – usou uma metonímia tomando a parte ( MPLA) como o todo ( Angola) e transferiu- a através de um raciocínio silogístico aristotélico para uma dimensão singular, no caso a jornalística.
Ou seja, através da poesia o todo transformou- se em parte e através da filosofia uma pequena parte desse todo – os
O apêndice mais perigoso do regime, por ser um jornal – fazendo por isso parte do 3. º poder – e ter a quase divinal missão de ser comprometido com a verdade e minimamente honesto, sobretudo intelectualmente, para com os seus leitores, é o JA. E o JA é o JMPLA, como irei provar nos parágrafos abaixo