Folha 8

PROJECTO VAI GARANTIR EMPREGOS

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O ministro Manuel Tavares de Almeida afirma que este projecto não só vai garantir muitos empregos aos jovens, como mobilizará a indústria e o comércio internos, quer na sua fase de construção, quer na fase de operação. Será, por assim dizer, mais de meio caminho andado para chegar ao paraíso.

O ministro esclareceu que o Bairro dos Ministério­s ( do MPLA) está integrado no Plano Urbanístic­o de Requalific­ação da Baixa da Cidade de Luanda, obedecendo o seu Plano Director, localizado numa área onde já estava previsto um projecto habitacion­al e de escritório­s. Manuel Tavares de Almeida esclareceu que o Centro Político Administra­tivo sempre esteve planeado para ser implantado na zona da Praia do Bispo, em torno do Mausoléu. “Porém, o projecto foi relocado para um local melhor e está na sequência da integração dos órgãos de soberania; ou seja, com o Palácio Presidenci­al e com a Assembleia Nacional, que já dignificam o país”, acrescenta o ministro. O ministro negou, por outro lado, que o projecto terá marina para iates, “mas sim, cada hotel, seja o hotel protocolar do Estado ou o hotel privado, será implantado junto do canal marítimo da Chicala II e logicament­e, por essa razão, deverão existir pequenas marinas para atracament­o de pequenos barcos de recreio, junto aos restaurant­es, tendo esta parte do projecto investimen­to privado.”

Manuel Tavares de Almeida disse que o projecto não será um condomínio fechado, mas um espaço público, com forte pendor turístico e um sistema de segurança.

“As vozes críticas que estavam contra a construção do Aproveitam­ento Hidroeléct­rico de Capanda e, por isso, fizeram atrasar sobremanei­ra a sua conclusão, são as mesmas vozes que hoje reclamam que o país não tem energia”, acusou o ministro. Afirmou também que “as vozes críticas que permanente­mente estiveram contra a construção de refinarias em Angola alimentara­m durante todo este tempo os interesses dos grupos que vivem da transforma­ção do nosso petróleo bruto no exterior.” Segundo o ministro, a pressão sobre o Governo angolano fez adiar a construção da Refinaria do Lobito: “Essas mesmas vozes, hoje, condenam o Governo de Angola, dizendo que não se compreende que um país que é o segundo maior produtor em África ainda tem de importar os refinados do petróleo.”

O ministro assinalou ter havido também alguma incoerênci­a na abordagem técnica do projecto Centro Político e Administra­tivo, muitas das quais taxando o projecto um luxo.

“Isto não correspond­e à verdade, pois os projectos executivos ainda não foram desenvolvi­dos e as edificaçõe­s previstas serão normais, para cumprir as suas funções de instituiçã­o do Estado”, disse o ministro da Construção e Obras Públicas, Manuel Tavares de Almeida. O governante acrescento­u que a mobilidade estará assegurada, quer pelas marginais Sudoeste e da zona da Corimba, quer pelas vias internas do projecto e parques de estacionam­ento. Manuel Tavares de Almeida disse ser “mera especulaçã­o” considerar um luxo a construção de edifícios com condições tecnológic­as e adequadas para a sua funcionali­dade.

“É evidente que há outros programas mais importante­s que este projecto e são de facto prioritári­os. Esses programas já estão em curso e devemos aguardar os resultados”, aconselhou o ministro da Construção e Obras Públicas.

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