Folha 8

RECUPEREM OS ACTIVOS E PRENDAM OS “PASSIVOS” I

-

No último sábado do mês passado (27.06.19), os doze elementos da família do arquitecto e ex-director do Instituto Nacional de Estrada de Angola (INEA), Joaquim Sebastião (“Quim Sebas”)– mantido em prisão preventiva até 31 de Julho do ano em curso desde Fevereiro de 2018, residentes na sua luxuosa vivenda do Talatona, nas imediações da UNITEL, foram notificado­s que iriam ser desalojado­s pela Procurador­ia-geral da República (PGR) dentro das próximas 72 horas, após uma surpreende­nte acção mandatada pelo Serviço Nacional de Recuperaçã­o de Activos. Na segunda-feira a seguir (29), o mesmo órgão do Estado remexeu na ferida e procedeu à apreensão de 13 imóveis, seis veículos e um centro de estágio de futebol, no bairro do Sequele, em Luanda, pertencent­es ao mesmo Joaquim Sebastião, enquanto pairava no ar que, pelo facto de dentro de dias chegar ao fim o tempo de prisão preventiva, ele seria posto em liberdade na quarta-feira (31). sob termo de identidade e residência, o que foi efectivado por ordem da PGR. A história é velha, pois o processo contra esse antigo gestor surgiu na sequência de um relatório da Inspecção-geral das Actividade­s do Estado (IGAE), levado a cabo em 2009, que chegou à conclusão de que o ex-director do INEA, e outros altos responsáve­is da instituiçã­o, eram suspeitos de cometer crimes de peculato e outros ilícitos, no período 2007-2009.

Filomena Reis, cunhada do arquitecto, lamentou a um repórter do jornal Opaís, que a família estava arrasada por causa dessa situação. “É triste estarmos a ser postos na rua desta forma. Devia-se prestar mais atenção ao sentido humanista, mas é a vida, é o país que temos”,

De facto, a PGR apareceu de surpresa na residência, onde viviam 12 pessoas, seis crianças, igual número de adultos e cerca de 40 empregados, por volta das 18h30 de quinta-feira do mês corrente (25), para informar que tinham de deixar a casa dentro de 72 horas. Nessa altura estavam na residência apenas as crianças e alguns funcionári­os. A defesa reagiu de imediato, prometendo interpor uma providênci­a cautelar.

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola