O CLIMA (CTÉRIO) DO MPLA
Oministro angolano das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, José Carvalho da Rocha, disse no 28.08 que é necessário realizar mais estudos sobre o clima para permitir aos decisores tomar as medidas certas na altura certa. Pois é. Nesse âmbito insere- se também o lançamento de satélites de teledetecção remota no âmbito do programa de Estratégia Espacial até 2025 que teve como paradigma o lançamento do satélite “marimbondo” Angosat- 1. O ministro “telstariano”, que falava na abertura do 23. º Fórum Regional de Previsão Climática para a África Austral, que se realizou pela primeira vez em Angola, salientou que o executivo angolano é “sensível às questões do tempo e do clima” e considerou que “o desafio” é obter informações fiáveis relativas ao tempo e ao clima.
Quem diria? “Sensível às questões do tempo e do clima” desde que se tenha informações relativas ao tempo e ao clima…
“É necessário que cada vez
mais a nossa região tenha previsões antecipadas e credíveis dos serviços de meteorologia e climáticos, para que possamos minimizar as perdas resultantes dos impactos destes eventos climáticos extremos, especialmente na nossa região, tal como assistimos aos que ocorreram nos países irmãos como Malaui, Moçambique e Zimbabwe”, que foram atingidos este ano por ciclones devastadores.
O evento, que terminou ontem ( sexta- feira), reuniu delegados dos 16 países da região SADC ( Comunidade de Desenvolvimento da África Austral) incluindo Moçambique e Angola, e acontece numa altura em que a região sul do país é assolada por uma grave seca que, provavelmente, só aconteceu porque o Governo, embora “sensível às questões do tempo e do clima”, não tinha informações sobre o tempo e o clima.
“É necessário realizar estudos que permitam compreender os fenómenos (…) para que os decisores possam tomar as medidas certas no momento certo”, sublinhou o governante.
Por isso diz que o governo está a desenvolver um programa de modernização do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica ( INAMET) que permitirá que este organismo possa “apoiar o desenvolvimento económico e social do país”, partilhando informações fiáveis relativas ao tempo e ao clima com todos os cidadãos.
Ou seja, quando os cidadãos virem que está a chover, o Governo ( por estar “sensível às questões do tempo e do clima”) irá informá- los que está a… chover. Assim sendo, todos estaremos mais descansados. Para José Carvalho Rocha, este fórum “é uma oportunidade” para estabelecer bases de dados integradas de informações meteorológicas e de clima, que estejam disponíveis para toda a região da SADC e do mundo “Precisamos de continuar a partilhar ideias, para que os decisores possam tomar as decisões certas”, reforçou o nosso “telstariano” ministro, embora tenha saltado o parágrafo em que se esclarecia que ter ideias não é algo comum a todos os cidadãos, sendo uma qualidade exclusiva de quem for do MPLA.
Deste encontro de especialistas em meteorologia resultará, na sexta- feira, uma previsão sazonal regional para o período das chuvas na época 2019/ 2020, entre Outubro e Abril. O bloco da SADC é constituído por Angola, Malauí, Ilhas Maurícias, Moçambique, Namíbia, Seychelles, Tanzânia, Zâmbia, Zimbabué, África do Sul, Botsuana, República Democrática do Congo ( RD Congo), Comores, E- swatini ( antiga Suazilândia), Lesotho e Madagáscar.
O executivo angolano é “sensível às questões do tempo e do clima” e considerou que “o desafio” é obter informações fiáveis relativas ao tempo e ao clima. Quem diria? “Sensível às questões do tempo e do clima” desde que se tenha informações relativas ao tempo e ao clima…