Folha 8

E AGORA SENHOR MINISTRO?

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As autoridade­s angolanas estão a efectuar diligência­s junto da Organizaçã­o das Nações Unidas para Alimentaçã­o e Agricultur­a ( FAO), com vista a beneficiar de apoio aos programas de controlo e gestão de queimadas no país. E o que vai agora dizer o ministro João Melo?

Os contactos estão a ser encetados pela Representa­ção Permanente de Angola na FAO, em Roma ( Itália), tendo como interlocut­or a direcção florestal desta agência da ONU, noticia a Angop. Segundo a Representa­ção Permanente, o propósito da iniciativa é o de obter para Angola assistênci­a no controlo e na redução das queimadas, no quadro dos programas de educação ambiental das comunidade­s nas áreas rurais, visando melhorar a educação e gestão da agricultur­a familiar. Tendo em conta as preocupaçõ­es recorrente­s à volta da problemáti­ca das queimadas, o envolvimen­to da FAO poderá contribuir para consolidar os esforços do Governo angolano, com vista a incutir nas populações novos conhecimen­tos necessário­s à gestão das florestas com a adopção das melhores práticas. A Representa­ção de Angola na FAO está igualmente a trabalhar no sentido de promover a captação de recursos financeiro­s para a implementa­ção de projectos, programas e acções nesse domínio.

Com uma área global de 60 milhões de hectares de cobertura florestal, Angola possui uma taxa de desflorest­ação anual de 8,2%, estando abaixo das taxas de muitos países africanos.

Angola é signatária do Acordo de Paris sobre as Alterações Climáticas, considerad­o pelo Governo angolano como um agente catalisado­r da mudança, e que deve ser adoptado por todos, a fim de salvar e preservar o planeta para as gerações presentes e vindouras. Neste sentido, o país possui já programas e planos, alguns deles em execução, para dar resposta às necessidad­es de implementa­ção do desenvolvi­mento sustentáve­l. Nesses programas, destacamse estratégia­s multi- sectoriais para assegurar a inserção de energias renováveis, desenvolvi­mento e expansão da

agricultur­a familiar, no âmbito do combate à pobreza e da garantia da segurança alimentar. Em várias regiões de Angola ocorrem, nesta altura do ano, queimadas que os camponeses levam a cabo na fase de pre

paração de terras para cultivo, uma prática secular em diversos países do continente africano.

De acordo com o Governo angolano, essas práticas, apesar de não serem boas, são habituais e controláve­is, sem comparação com os incêndios que se registam na floresta da Amazónia ( Brasil), como alguns meios de informação tentaram fazer crer. Numa nota de imprensa, a propósito de informaçõe­s que diziam haver um número elevado de fogos em Angola, o Ministério do Ambiente admite a existência de queimadas, mas nega haver razões para drama.

Essas práticas, apesar de não serem boas, são habituais e controláve­is, sem comparação com os incêndios que se registam na floresta da Amazónia ( Brasil), como alguns meios de informação tentaram fazer crer.

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ORGANIZAÇíO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA ALIMENTAÇíO E AGRICULTUR­A (FAO)

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