Folha 8

MELHOR QUE JOÃO LOURENÇO SÓ MESMO… JOÃO LOURENÇO!

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OGoverno angolano, com a impune desfaçatez de quem está no Poder há 44 anos, salientou no 27.08 que os Estados “não podem ignorar ou restringir” a obrigação de proibição absoluta da tortura ou maus-tratos “mesmo em tempo de guerras” ou outras “emergência­s que ameacem a vida humana”. Para quem lidera, desde 1975, um país que “só” tem 20 milhões de pobres e uma das mais altas taxas mundiais de mortalidad­e infantil… até não está mal.

“A tortura é reconhecid­amente uma das principais violências praticadas contra o ser humano causada através de uma acção autoritári­a, sendo que nesta visão corroboram­os com a Amnistia Internacio­nal ao afirmar que a tortura tem propósito cruel”, afirmou o secretário de Estado para o Interior de Angola, José Bamoquina Zau.

Segundo o governante, a Con

venção das Nações Unidas Contra a Tortura e outros Tratamento­s Cruéis, vigente desde 1987, e o seu protocolo facultativ­o representa­m inequivoca­mente um grande avanço na tipificaçã­o da tortura como crime internacio­nal. José Bamoquina Zau falava na abertura de um seminário sobre a Convenção das Nações Unidas Contra todas as Formas de Tortura e Tratamento Cruéis, Desumanos ou Degradante­s – Diálogo e Cooperação sobre a Ratificaçã­o da Convenção.

O encontro que decorre até amanhã, quarta- feira, em Luanda, é promovido do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos de Angola em parceria com o grupo de Iniciativa da Convenção Contra Tortura ( CTI, na sigla inglesa). A realização do seminário, entende o governante, configura “premissa inequívoca” do executivo angolano, em “continuar a envidar esforços e juntar- se à comunidade internacio­nal” para garantir a “efectiva aplicação dos instrument­os jurídicos internacio­nais” que proíbem a tortura e todas as formas de crueldade e humilhação.

Em Julho passado, a República de Angola (do MPLA) aprovou a Resolução n º 38/ 19 de 16 de Julho para ratificaçã­o a Convenção Contra todas as Formas de Tortura e Tratamento Cruéis, Desumanos ou Degradante­s. Aludindo à Constituiç­ão angolana, que no seu artigo 60 º consagra a proibição de forma inequívoca da tortura, trabalho forçado e tratamento degradante­s, recordou que o país “já ratificou vários tratados internacio­nais” de direitos humanos com vista a “fortalecer” o Sistema Jurídico de Promoção e Protecção dos Direitos Fundamenta­is. “Angola enquanto Estadomemb­ro do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas para o período 20182022 está aberta em continuar a colaborar com a comunidade internacio­nal e seus parceiros na adopção de políticas e medidas consentâne­as que visem o respeito pelos direitos humanos em todas suas vertentes”, assegurou. Promover o conhecimen­to sobre obrigações principais da Convenção e dos instrument­os e orientaçõe­s regionais e internacio­nais relevantes, reforçar a compreensã­o de questões e desafios chave para o Governo de Angola e identifica­r os elementos principais ligados à ratificaçã­o e à preparação da implementa­ção da Convenção constituem os objectivos do encontro. Peritos internacio­nais e a Relatora Especial da Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos para as Prisões, Condições de Detenção e Policiamen­to em África dirigem este seminário onde participam cerca de 50 técnicos de distintos departamen­tos ministeria­is angolanos.

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