UMA TRISTE E VELHA HISTÓRIA
Nada disto é, infelizmente, novo nem se circunscreve apenas à Rússia. Vejamos, a título de exemplo, um dos muitos textos que o Folha 8 publicou a propósito desde drama. Foi no dia 4 de Agosto de 2016, sob o título “Bolseiros na Rússia ( des) esperam”:
« Há quase um ano que os estudantes angolanos, bolseiros na Federação Russa, estão sem os seus complementos de bolsas. Na tentativa de saberem o que se passa procuraram, sem êxito, obter uma explicação dos responsáveis pelo Sector de Apoio Estudantil ( SAE), director Muanza Loge e tesoureiro Sr. Daniel Samba.
“Procuramos saber dos nossos responsáveis o porquê do atraso do complemento de bolsa, mas não nos dão uma resposta viável, a não ser ameaçar os estudantes de que se insistirem a ligar para falar do mesmo assunto, estes perderam a bolsa”, conta ao Folha 8 um dos estudantes.
O responsável dos estudantes, Muanza Loge, prometeu melhorias de trabalho no SAE mas até agora nada foi feito. “Nós como estudantes não vemos melhoria nenhuma. Estamos preocupados com a nossa situação aqui na Rússia e que levou os estudantes a escrever uma carta à direcção do INAGBE – Instituto Nacional de Gestão de Bolsa Estudo “, contam.
“A nossa situação é crítica a cada dia que passa, visto que daqui a algumas semanas começam as aulas e estamos sem verbas pra comprar os materiais escolares. Sem verbas para alimentação, sabe- se que estamos no pais onde faz muito frio e estamos sem meios financeiros para comprar vestuários para o Inverno”, relatam os estudantes. E perguntam: “Nós bolseiros perguntamo- nos como iremos viver com essa situação? Visto que a rede VISA cancelou os seus serviços com o país, e dificultando mais o processo de envio de divisas pelos nossos encarregados de educação”.