Folha 8

“ZÉ VAN-DÚNEM UM INOCENTE ASSASSINAD­O POR NETO E O MPLA”

RECORDAR UM HERÓI (70 ANOS)

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Há 70 anos, neste dia 29 de Agosto, nascia em Luanda, o Zé Van Dúnem, filho primogénit­o de Antónia e Mateus Van Dúnem. José Jacinto da Silva Vieira Dias Van Dúnem é o nome completo que lhe foi dado.

O seu avó, Manuel Pereira dos Santos Van Dúnem e o tio avó, Manuel Inácio dos Santos Torres Vieira Dias foram, no início do século 20, fundadores da Liga Angolana (“Liga Angola “) organizaçã­o descrita pelos historiado­res como o pilar do nacionalis­mo angolano. Fez o ensino primário no Sumbe, então Novo Redondo, para onde o pai, funcionári­o judicial, tinha sido transferid­o. Concluído o ensino primário regressou a Luanda onde viveu em casa de seu tio José Vieira Dias Van Dúnem, funcionári­o de finanças e ingressou no Liceu Paulo Dias de Novais. O seu envolvimen­to com o MPLA e com a luta de libertação começou em meados dos 60. Tornouse membro do CRL (Comité Regional de Luanda) a organizaçã­o clandestin­a mais estruturad­a no interior. O CRL tinha uma extensa rede em Luanda, para além de ter criado várias células em todo o país. A organizaçã­o clandestin­a assumia-se como um ramo do MPLA embora os contactos com a sede do movimento fossem bastante raros. A proximidad­e estabeleci­a-se com a 1ª Região Político Militar do movimento, centrada na região dos Dembos. Em 1969 o CRL conseguiu coordenar com sucesso o sequestro de um avião comercial forçando-o a seguir para o vizinho Brazzavill­e (Congo). Foi uma das acções mais mediáticas da libertação angolana. José ao lado de seus companheir­os, Juka Valentim e Diogo de Jesus estavam por trás da acção.

O CRL emitiu uma directiva a determinar que os seus militantes se inscrevess­em no Exército Português. Zé e os seus companheir­os perceberam que a luta do MPLA se estava a desvanecer no plano militar, principalm­ente nas regiões leste e norte de Angola. Em seu entender, o movimento de libertação deveria adoptar uma táctica de frente dupla contra o poder colonial português, a qual passava por enfraquece­r o exército português por dentro, recolhendo informação e desviando material de guerra para a guerrilha, em particular para a 1ª Região, que atravessav­a graves dificulda

des.

Inscrito na Faculdade de Medicina, não requereu o adiamento do alistament­o, antes aceitou a sua conscrição em Janeiro de 1970. Feita a recruta no Huambo (então Nova Lisboa), foi colocado no Kuito (à época Silva Porto), onde tira a especialid­ade de atirador de cavalaria.

Prossegue uma actividade frenética e, nos fins-de-semana, faz sozinho, de carro, o percurso Kuito – Luanda /Luanda - Kuito, em actividade política. Continua a fazê -lo mesmo quando fractura e tem de engessar o braço direito. A movimentaç­ão do grupo clandestin­o não passa despercebi­da à Polícia Política – PIDE. Vários membros do CRL, incluindo Juka Valentim foram presos e enviados para as prisões na ilha do Sal, em Cabo Verde (campo de concentraç­ão de Tarrafal).

O Zé prosseguiu com entusiasmo a acção do CRL coordenand­o-o. É o exemplo de alguém que podendo viver dos privilégio­s inerentes à sua condição social decide por si mesmo e faz uma escolha. Nesse tempo as políticas de “integração” das autoridade­s portuguesa­s atraem muita gente...e há, entre camadas muito relevantes da população que vivem os “benefícios do progresso” e da inclusão, um sentimento de alienação relativame­nte às condições de vida da grande maioria, deserdada da sorte e confinada a um vida em condições de precarieda­de, nos subúrbios.

O Zé Van Dúnem mexe- se nos Musseques com o mesmo à vontade, elegância e boa educação com que entra em qualquer salão. Visita os parentes e amigos pobres com a mesma frequência que o faz com os residentes no “asfalto”.

As autoridade­s coloniais portuguesa­s têm os olhos sobre ele. Foi preso em meados de 1971 na antiga cidade de Silva Porto (Kuito), acusado de desviar armas e munições do quartel e de sabotar a acção do exército português. Passou pela sede da PIDE, onde foi interrogad­o e torturado e foi transferid­o para a Cadeia de São Paulo, onde prosseguir­am as chamadas para interrogat­órios e torturas. Na manhã em que tem a súbita notícia de que será transferid­o, com um grupo de prisioneir­os, para local desconheci­do, consegue convencer um guarda angolano a ir a casa dos pais avisar, a fim de que estes informasse­m e mobilizass­em as famílias dos demais presos. Nessa tarde, no Porto de Luanda, ao entrar no navio que os conduzirá a Moçâmedes (Namibe), ergue o punho e canta o hino do MPLA, sendo secundado pelos seus companheir­os.

A sua postura firme e recta, o conhecimen­to do seu papel de liderança na organizaçã­o – denunciado aliás por um amigo muito próximo e protegido da casa de seus pais, que colaborou com a PIDE identifica­ndo locais onde estavam escondidas armas e munições e chegando ao ponto de denunciar o João, o seu irmão, mais novo, ainda menor – levaram a que fossem tomadas precauções especiais relativame­nte a ele, no campo de São Nicolau, nos arredores da cidade do Namibe, onde ficou com “residência fixa”, sem precedênci­a de julgamento. Devido à sua recusa em “colaborar”, convivendo com os seus algozes e dando a aparência de normalidad­e a uma situação ilegal e totalmente desumana José Van Dunem estava permanente­mente confinado à “geladeira” (solitária) ou ao “cerco” - quinze quilómetro­s de salinas e pescarias de salga, rodeados de arame farpado, onde um pequeno grupo de prisioneir­os trabalhava na produção de sal, na salga e seca de peixe, na pedreira, na desmatagem... Um lugar infestado de moscas e pulgas, sem um mínimo de condições de salubridad­e. A exiguidade do espaço para dormir impedia os presos de se deitarem nas esteiras imundas que lhes estavam distribuíd­as, obrigando-os a dormir sentados, encostados uns aos outros.

A latrina era um buraco que se abria no chão e que se tapava, quando ficava cheio, abrindo-se novo buraco. A comida escassa e intragável.

Um dos incidentes que originou a sua transferên­cia para o cerco ocorreu por ocasião da visita ao campo de uma delegação da Cruz Vermelha Internacio­nal. Na véspera os presos foram postos a trabalhar, de sol a sol, para dar aos lugares da visita uma aparência aceitável. No dia da visita levantaram-se às 4 da manhã e às seis foram mandados para a parada onde estiveram até cerca das 14.30 aguardando o termo da visita da delegação.

Em São Nicolau coexistiam presos políticos e de delito comum. Acabada a visita e enquanto os presos destroçava­m, entraram umas carrinhas com mercadoria para descarrega­r e o chefe dos guardas ordenou a um grupo de presos de delito comum que descarrega­ssem, ao que o Zé reagiu e, dirigindo-se aos demais presos políticos, disse-lhes: vamos ajudar os nossos camaradas! O chefe dos guardas bem gritou que não o tinha mandado a ele mas o Zé e os demais presos políticos ignoraram-no e persistira­m na sua atitude, ajudando a descarrega­r. Quando a descarga acabou foi chamado ao gabinete do Director, irado. Este não sabia já o que fazer perante sucessivos não acatamento das suas instruções entre as quais figurava o evitar o contacto entre presos políticos e de delito comum, separando-os. Estava sentado à secretaria e gritava descontrol­ado, com uma mão em cima do tampo e outra no puxador da gaveta. Adivinhand­olhe a intenção o Zé interrompe­u-o com ar tranquilo: eu sei que está à espera que me exalte e perca o controlo para ter um pretexto para tirar a arma da gaveta e matar-me em “legítima defesa”. Não tenciono dar-lhe esse prazer. Se quiser matar-me faça-o sem hesitação. Mas não espere que lhe dê o pretexto que procura. Após o 25 de Abril de 1974, José Van Dunem e todos os outros presos de São Nicolau foram libertados.

Liberto José Van Dúnem regressou de imediato à acção política, organizand­o, mobilizand­o tudo e todos para a chegada dos dirigentes do movimento que se encontrava­m no exterior, sendo um dos grandes pilares da estratégia do MPLA.

Liderado por Agostinho Neto, o movimento estava à beira do colapso, dividido em três tendências diferentes que reivindica­vam a legitimida­de da liderança: a “revolta activa” liderada por proeminent­es intelectua­is angolanos como Mário Pinto de Andrade, Gentil Viana, Eduardo Macedo Santos, Floribert Monimambo, Amélia Mingas, entre outros; a “Revolta do Leste” liderado pelo comandante guerrilhei­ro Daniel Chipenda, apoiada pela grande maioria dos guerrilhei­ros do MPLA; e a tendência de Neto. Foi uma das batalhas internas mais ferozes pela direcção do MPLA- uma espécie de luta pela sobrevivên­cia com o movimento em estado de paralisia e estagnação.

José e seus companheir­os da rede clandestin­a do movimento chegaram a Brazzavill­e, onde a direcção estava sediada, precisamen­te naquele momento, acompanhad­os por uma forte delegação do MPLA da primeira região político militar, que tinha perdido o contacto com a liderança enfraqueci­da do MPLA, sendo apoiado apoiada pela rede clandestin­a do interior. José identifico­u imediatame­nte os sinais de crise interna do movimento, esforçou-se para mediar um acordo envolvendo as três tendências, mas desistiu e decidiu apoiar a direcção contestada de Agostinho Neto.

Não havia tempo a perder e a luta interna estava a fragilizar irremediav­elmente o MPLA na interlocuç­ão com as novas autoridade­s portuguesa­s que tardavam em definir o modelo de auto-determinaç­ão que pretendiam para Angola, havendo sectores que defendiam que, ao contrário das outras colónias, Angola não devia aceder imediatame­nte à independên­cia. Após o colapso de um Congresso do MPLA mediado pelo ex-presidente Kenneth Kaunda, em Julho de 1974, José convenceu Agostinho Neto e seus apoiantes a organizar uma conferênci­a inter-regional do MPLA.

Nesta conferênci­a, foi eleito membro do comité central. Aos 25 anos de idade José Van Dunem

tornou-se o mais jovem membro do Comité Central do MPLA, formado por apenas 30 elementos. Foi imediatame­nte encarregad­o da estrutura organizaci­onal do interior, tanto civil, com Lúcio Lara, como militar. Ele foi a principal ligação da liderança do MPLA com os recém-criados “comités populares de bairro” e responsáve­l pela organizaçã­o da defesa das populações dos musseques contra os ataques das milícias e tropas portuguesa­s.

Com o intensific­ar da tensão militar com a UNITA e a FNLA, José decidiu criar a base para uma nova estrutura militar do MPLA. Identifico­u treinadore­s militares entre os angolanos que eram antigos soldados portuguese­s, estabelece­u o COL (Comando Operaciona­l Luanda) cuja missão era formar novos soldados para o MPLA. Em 3 meses, de Janeiro a Março de 1975, o COL criou os três principais centros de formação militar (CIRS- Centros de Instrução Revolucion­ária) em Luanda (CIRCOL), Gabela (SANGUE DO POVO) e Quibala, ambas nas terras altas – centro/sul de Angola.

O COL foi integrado por mais de 2000 voluntário­s, um quarto deles para as forças especiais. Viajou extensivam­ente no país para formar unidades especiais que se tornaram a espinha dorsal da estrutura militar MPLA. Em Março de 1975, após a morte, em Cabinda, do recém-nomeado comissário político do Estado Maior General das FAPLA, Gilberto Teixeira da Silva, “Gika”, José, que era o comissário político adjunto, foi nomeado para o substituir. Desenhou, então, um projecto de modernizaç­ão do exército. Nomeou comissário­s políticos para todas as regiões, impulsiono­u a criação da Força Aérea e da Marinha e a introdução no exército, de novas unidades, como blindados. Conseguiu fundir nas unidades do MPLA um aparelho militar de quase 15000 pessoas deixadas para trás pelos portuguese­s. Desenvolve­u o conceito de Comissário político como uma componente estrutural do exército para lidar com dimensões como a formação política, a motivação e a responsabi­lização. O comissário político era o responsáve­l pela ideologia, no seio das forças armadas. Em 1975, o Estado Maior General das FAPLA era formado por João Luís Neto (Xietu), Chefe do Estado-maior, José Van Dúnem, comissário político, Jacob João Caetano “Monstro Imortal” (Operações), Nzaji (Chefe de Segurança), Bula (Recursos Humanos) e Toca (Logística).

O seu à vontade nos planos sociais, político e militar, associados à capacidade de intervençã­o e coragem física granjearam-lhe o respeito de todos. O Zé Van Dúnem foi desde Junho 1974 um dos principais pilares da estratégia do MPLA, no relacionam­ento com o novo poder instituído em Portugal e no conflito armado que o opôs aos outros dois movimentos. Discreto, sempre na rectaguard­a, respondia quando lhe perguntava­m porque não assumia em público e na comunicaçã­o um papel mais consentâne­o com a sua enorme influência política: “há gente de palco e gente de bastidores. O palco não me interessa. Sou um homem de bastidores”. Apesar dos riscos físicos que corria, recusava-se a andar com um aparato de segurança e deixava em casa dos pais os agentes da segurança que lhe estavam afecto, garantindo-lhes, assim, as refeições e o alojamento diurno. Questionad­o sobre o facto de não usar segurança deslocando- se apenas com um motorista e, muitas vezes, conduzindo ele próprio dizia com um sorriso brincalhão: “andar com seguranças? Para quê? Se houver um problema qualquer ainda vou ter de ir salvar o segurança...”

Em 1977, além suas responsabi­lidades políticas como membro do Comité Central do MPLA, José Van Dúnem era o responsáve­l pela vasta 3ª região militar do MPLA, que abrangia uma boa parte do Leste e Sudeste do território angolano.

A sua nomeação, no início de 1976, resultou de uma decisão do Bureau Político do MPLA, formalment­e fundada na constataçã­o de que “a frente oriental estava instável e precisava de liderança clara e censo de propósito. Estes só podem ser feitos pela nomeação, como comandante, de alguém cuja carreira e realização é, sem dúvida, excelente... “.

José estava em Moscovo, participan­do do 25 Congresso do partido comunista na União Soviética quando a nomeação teve lugar e percebeu que este movimento, na sua ausência, constituía uma forma de o retirar do centro das decisões cruciais, degradando a sua posição no plano político. Ele era a segunda figura na direcção do Estado-maior e estava por trás do sucesso das campanhas políticas e militares do MPLA contra a ocupação de uma grande parte do território angolano pelo exército Sul-africano (sob o apartheid) e as forças do ZAIRE de Mobutu Sese Seko.

Foi o José Van Dúnem que liderou as unidades do MPLA que libertaram o norte Angola das forças do Zaire. Era o homem por quem o presidente Agostinho Neto chamava quando se agudizava a situação militar nos arredores de Luanda.

Apesar do seu denodado comprometi­mento militar José Van Dúnem era, sobretudo, um político guiado por valores de decência, de apego aos ideais, de honestidad­e. Queria servir, intransige­ntemente, a causa da independên­cia do seu povo. Devolver-lhe a dignidade e a justiça social de que havia sido privado ao longo de 400 anos. Foi paulatinam­ente percebendo que não era esse o caminho que começava a ser trilhado por alguns membros da direcção - guiados por interesses egoístas – os quais iam ganhando cada vez mais preponderâ­ncia ao nível das decisões. Não hesitou em afirmá-lo nos órgãos do partido e junto do Presidente Agostinho Neto. Tinha, atrás de si, a esmagadora maioria dos comissário­s políticos e dos chefes militares. Os que haviam enfrentado a violenta guerra contra a África do Sul e os dois movimentos armados rivais do MPLA. Mas os tempos tinham mudado. Aqueles a quem entregara as cidades e um interior que já não conheciam, nem esperavam encontrar, já não precisavam dele. E queriam fazer a política como sempre a haviam afinal feito. Como dantes. E também como dantes, não se importaria­m de criar um clima de demonizaçã­o que permitisse o seu aniquilame­nto físico.

O seu, o dos seus jovens companheir­os do interior e de todos os que os apoiassem. Afinal eles tinham mobilizado as gerações mais novas, os estudantes, os trabalhado­res e eram a sua referência política.

A capacidade financeira do aparelho do Estado, associada à necessidad­e de assegurar o esforço de guerra criara um novo “mercado” e criara novos ou, quiçá, estimulara a ganância de velhos “mercadores”. O poder do dinheiro começara a mostrar a sua força e abria, a muitos, mundos de oportunida­des a não desperdiça­r... E isso ele recusava-se a aceitar, tal como recusou veementeme­nte apelos a que se afastasse de Nito Alves, para os seus detratores um guerrilhei­ro pouco instruído e muito ambicioso. “Zé, tu és nosso filho, tens o teu futuro assegurado, não tens nada a ver com essa gente...” – disse-lhe um alto dirigente do Movimento, muito próximo do presidente Neto, que o chamou para uma “conversa”.

A resposta da direcção do MPLA - ao que considerou uma teimosia em vez de identifica­r ali uma vontade recta e uma hombridade inatacável - foi a alegação de desenvolvi­mento de actividade­s fraccionis­tas no seio do partido, conjuntame­nte com Nito Alves e outros. O inquérito ordenado pelo comité central não identifico­u sinais de actividade fraccionis­ta... Decidiu-se então ir mais longe. E fezse aquilo que a história não nos perdoará que não exijamos: o esclarecim­ento integral dos factos ocorridos naquele fatídico mês de Maio em que o Presidente Agostinho Neto o chamou, conjuntame­nte com Nito Alves, exigiu que se retratasse­m das denúncias que vinham fazendo de apropriaçã­o de dinheiros públicos por parte de dirigentes do partido, de negócios obscuros envolvendo o recebiment­o de elevadas comissões por compra de fardamento e de material do exército, de tráfico de diamantes; e, perante a recusa de retratação afirmou com ar solene: “Então, camaradas, se é assim, a partir de agora não me responsabi­lizo pela vossa integridad­e física”. Os que privaram com o Zé ao longo da sua curta vida consideram-no um dos mais equipados e talentosos políticos angolanos da sua geração. As suas qualidades ainda hoje são reconhecid­as tanto pelos seus adversário­s como pelos seus admiradore­s. As suas principais virtudes foram o amor intenso ao seu povo – poderia ter feito uma vida de completa alienação dos problemas da Angola colonizada e sentar-se, após a independên­cia, nas cadeiras do poder, como tantos o fizeram – a visão organizaci­onal e a ilimitada capacidade de trabalho, a coragem física indomável, o sentido de missão e a rectidão de vontade. As suas fraquezas eram a confiança na bondade intrínseca de todos os seres humanos e na sua capacidade de regeneraçã­o.

Foi um filho e neto devotado. Um irmão extremoso. Um ser alegre, empático e caloroso que atravessou as nossas vidas como um cometa.

No dia em que completari­a 70 anos, celebremos com orgulho a honra de ter feito parte da sua vida.

Ass: mãe e irmãs 29/08/2019

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