Folha 8

CÉSAR ESTÁ DE VOLTA, A AMAZÓNIA JÁ ESTÁ A ARDER II

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Odesmatame­nto da Amazónia é conhecido de ginjeira, mas a situação degradou-se quase de um dia para o outro quando Temer foi nomeado presidente do Brasil. A Governação do país desse personagem circense, encerrou o seu ciclo com um aumento mais que expressivo dos índices de apodrecime­nto moral e de desmatamen­to da Amazónia, registando esta última o pior volume de devastação da região nos últimos 10 anos. Dados oficiais do governo brasileiro apontam uma expansão de 13,7% no desmate da região amazónica no período de Agosto de 2017 a Julho de 2018, quando comparado com o mesmo ciclo anual anterior, Alargando a abordagem pendente, o ritmo da destruição, entre 2008 e 2018, o desmatamen­to na Amazónia foi 170 vezes mais rápido do que o que foi registrado na Mata Atlântica nos tempos do Brasil- Colónia, o que é uma barbaridad­e. Entre 1990 e 2000, a perda foi acelerada, cerca de 20% da floresta original já foi abatida sem que benefícios significat­ivos para os brasileiro­s e para o desenvolvi­mento da região fossem gerados. Pelo contrário, os prejuízos são vários. A novidade na situação actual está no discurso e na postura do presidente Bolsonaro em relação ao meio ambiente. Algumas tiradas verbais da sua lavra poderiam ser qualificad­as como uma incitação a um genocídio contra as populações amazónicas. Levantaram- vozes de indignação por toda a parte no mundo e a que se ouviu foi a do presidente da França, François Macron, que disse, “A nossa casa está a arder”, queria dizer, o mundo tem de intervir. Propôs uma doação de 20 milhões de dólares para ajudar a apagar o incêndio ao que Bolsonaro ripostou, afirmando que Macron tinha agido com um colonialis­ta e não queria o dinheiro, depois que queria, mas que seria ele o gestor do mesmo e, como se não bastasse disse que a sua mulher era feia. Macron rematou à trave, com estrondo, mas no ferro, “É triste, para o Brasil e para ele”, lamentou. E a Amazónia continua a arder.

A boa pergunta é: como parar este Bolsonaro, analfabeto político, legatário longínquo da loucura de César, o imperador romano que mandou incendiar a cidade de

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