A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA AFRICANA INFANTO-JUVENIL NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DA CRIANÇA NA DIÁSPORA (PARTE II)
A literatura infanto-juvenil é importante, assim como as outras de outros países, por estar imbuída no espírito de solidariedade; de irmandade e sobretudo coberto de uma cosmovisão de comunidade, em que o bem comum e a moral triunfam sempre. Dissemos que
Aliteratura africana é um mosaico representativo e comunicativo da cultura africana desde os hábitos e costumes à antroponímia; desde as manifestações culturais às línguas e suas semelhanças. Quanto antroponímia, não é por em vão que o narrador em Rosalina Pombal, em Lutchila, Sp ( sem página) << Eu sou Lutchila.../ Se descobrirem a origem do meu nome.../ Saberão de onde vim//>> Um dos grandes trunfos da importância da literatura africana na diáspora consiste nos seus contos que compreendem quase ou mesmo sempre uma narrativa moralista e pluralista. A sua importância também se consubstancia na redescoberta, quer dos valores materiais e imateriais da cultura africana, em particular an
golana, para que na construção da identidade da criança na diáspora não se crie assimetrias entre a cosmovisão da literatura africana infanto- juvenil e o que se aprende nos manuais e comunicação social. relactivamete aos contos temos o maior colecionador, deste subgênero da literatura, Óscar Ribas, em Quilanduquilo, ( 2009: 40) << Noutro lugar bebia- se quissangua, quimbombo as típicas cervejas de milho>>. Se nos atermos as palavras, quissangua e quimbombo, elas são originariamente da cultura africana, em particular angolana. Ainda esteira da antroponímia, ( 2009: 42) << E na debandada, Gueve, a pequena filha do soba Vúnji Calinda, é colhida pelos bandoleiros>>. Do trecho transcrito, destacam- se as palavras: Gueve; Soba; Vúnji; Pois que, pensamos nós, embora tenhamos conhecimento de que a literatura africana infanto- juvenil já é lida em alguns pontos do mundo, é imperioso que as crianças por intermédios dos seus tutores passem a ler e a questionar cada vez mais a literatura infanto- juvenil no sentido de que haja um reencontro com a sua história e passado por meio da leitura de deleite e de carácter obrigatório.
Uma vez que, a literatura infanto-juvenil também é um rico balaio de a história e os modus de um povo, neste caso africano, em particular angolano. Numa breve incursão histórica, sabemos que houve deslocações; relações entre os povos impostas por diferentes contextos; Facto que, de uma outra forma, condicionou e de que maneira a visão menos boa sobre o que se produz em África e sobre África na diáspora. Por isso, é que se nota (sem a presunção da rotulagem) que muitas das crianças afrodescendente crescem sem os valores identitário das culturas africana, sobretudo com abordagens marginalizadas e com ideias fictícias ou negativa sobre a literatura africana. Por exemplo, Rosalina Pombal, no seu livro infanto-juvenil, Lutchila, pág.:5, <
Continua na próxima edição *Crítico literário