COBERTURA CONFORTÁVEL DAS NECESSIDADES
As fábricas de bebidas instaladas em Angola já cobrem as necessidades do país em cervejas, refrigerantes e águas, mas a forte dependência de importação de matéria- prima condiciona o arranque em força das exportações, admitiu a ministra da Indústria. A posição foi assumida pela ministra Bernarda Martins, em declarações aos jornalistas, depois de receber, em Luanda, um estudo de viabilidade das indústrias das bebidas no país, feito pela AIBA, tendo assinalado o grande investimento dos últimos anos.
“Hoje, as capacidades que estão instaladas no nosso país permitem por um lado abastecer o mercado interno de forma mais segura e por outro começar a trabalhar para as exportações porque temos muita capacidade”, apontou a ministra.
“O executivo, neste momento, tem estado a promover o investimento nas matérias- primas”, sublinhou, apontando que “todo o investidor que pretender investir neste sector é muito bem- vindo”. Isto porque, disse Bernarda Martins, após reunir- se com o presidente da AIBA, Manuel Sumbula, o país continua a ter necessidade de importar grandes quantidades de polpas para sumos e refrigerantes e material para a produção da cerveja. Com investimentos, para este campo, “que ainda ficam muito aquém” do que Angola especificou.
Em relação às dificuldades de cambiais por parte dos operadores, para a importação de matéria- prima, no actual contexto de crise económica, financeira e cambial que o país atravessa, Bernarda Martins optou por recordar que a situação “já foi bem pior”.
“A falta de cambiais não vai ser eterna e mesmo se falarem com os investidores vão sentir que a situação tem melhorado”, assegurou. Questionada ainda sobre o nível de cobertura da produção nacional de bebidas em face das quantidades que ainda são importadas, a ministra da Indústria de Angola apontou para uma faixa muito pequena. “Hoje, o nosso mercado é praticamente abastecido localmente”, concluiu.