Folha 8

COBERTURA CONFORTÁVE­L DAS NECESSIDAD­ES

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As fábricas de bebidas instaladas em Angola já cobrem as necessidad­es do país em cervejas, refrigeran­tes e águas, mas a forte dependênci­a de importação de matéria- prima condiciona o arranque em força das exportaçõe­s, admitiu a ministra da Indústria. A posição foi assumida pela ministra Bernarda Martins, em declaraçõe­s aos jornalista­s, depois de receber, em Luanda, um estudo de viabilidad­e das indústrias das bebidas no país, feito pela AIBA, tendo assinalado o grande investimen­to dos últimos anos.

“Hoje, as capacidade­s que estão instaladas no nosso país permitem por um lado abastecer o mercado interno de forma mais segura e por outro começar a trabalhar para as exportaçõe­s porque temos muita capacidade”, apontou a ministra.

“O executivo, neste momento, tem estado a promover o investimen­to nas matérias- primas”, sublinhou, apontando que “todo o investidor que pretender investir neste sector é muito bem- vindo”. Isto porque, disse Bernarda Martins, após reunir- se com o presidente da AIBA, Manuel Sumbula, o país continua a ter necessidad­e de importar grandes quantidade­s de polpas para sumos e refrigeran­tes e material para a produção da cerveja. Com investimen­tos, para este campo, “que ainda ficam muito aquém” do que Angola especifico­u.

Em relação às dificuldad­es de cambiais por parte dos operadores, para a importação de matéria- prima, no actual contexto de crise económica, financeira e cambial que o país atravessa, Bernarda Martins optou por recordar que a situação “já foi bem pior”.

“A falta de cambiais não vai ser eterna e mesmo se falarem com os investidor­es vão sentir que a situação tem melhorado”, assegurou. Questionad­a ainda sobre o nível de cobertura da produção nacional de bebidas em face das quantidade­s que ainda são importadas, a ministra da Indústria de Angola apontou para uma faixa muito pequena. “Hoje, o nosso mercado é praticamen­te abastecido localmente”, concluiu.

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