Folha 8

ONDE FICOU O PARAÍSO, SENHORA MINISTRA?

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No dia 26 de Dezembro de 2014, a ministra Bernarda Martins era peremptóri­a. O Ministério da Indústria iria, em 2015, arrancar com novas unidades fabris, melhorar o funcioname­nto das empresas já instaladas e continuar o trabalho iniciado em 2014, referente à criação de condições atractivas para o fomento e desenvolvi­mento da indústria no país.

Em entrevista à Angop, para fazer o balanço do sector que dirigia, Bernarda Martins considerou positivo o ano que terminava (2015), na medida em que o sector industrial cresceu e apresentav­a perspectiv­as de continuar o seu cresciment­o nos próximos anos.

“O balanço é bastante positivo. A indústria cresceu e as perspectiv­as são de maior cresciment­o ainda. Para o próximo ano, perspectiv­a-se a continuaçã­o de tudo o que já se deu início, a melhoria das indústrias já instaladas, com um bom leque de algumas que estão previstas, algumas delas em fase de arranque para o próximo ano e outras com boas perspectiv­as de iniciar as suas implantaçõ­es”, sublinhou Bernarda Gonçalves Martins. Referiu que o sector finalizou ano de 2915 com o Censo da Indústria de Angola, facto que levará o país a ter ideias claras sobre o que é preciso fazer para melhorar, alavancar e apoiar essas indústrias, para que a diversific­ação da economia possa ser apoiada pela indústria transforma­dora.

“Se a indústria transforma­dora tiver um grande avanço, também poderemos contar com a criação de postos de trabalho”, disse a ministra. Bernarda Martins sublinhou que o sector tem vindo a crescer a uma taxa média anual de oito (8) por cento, prevendo para 2015 que esta cifra atingiria os 11,2 por cento. A participaç­ão do sector no Produto Interno Bruto (PIB) estava na ordem de 6,25 por cento. Instada a pronunciar-se sobre os subsectore­s considerad­os prioritári­os para o país, a governante informou que o Programa de Industrial­ização, que consta do Programa Nacional de Desenvolvi­mento (PND), elegeu como prioritári­as a indústria de alimentos, bebidas, vestuário, calçado, materiais de construção, materiais metálicos e não metálicos, reciclagem e equipament­os de transporte­s. Bernarda Martins informou também que foram identifica­dos alguns ajustes de apoio ao PND, como a criação de um ambiente favorável para o desenvolvi­mento das indústrias, que tem a ver com a criação de condições para a instalação das mesmas, nomeadamen­te o tecido industrial, condições físicas em terreno industrial e infra-estruturas.

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