Folha 8

EU “SOYO” LOGO… REFINO

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Aconsultor­a Economist Intelligen­ce Unit (EIU) considerou esta semana que o anúncio de uma nova refinaria de petróleo no município do Soyo, província do Zaire, é positivo, mas alerta que o processo vai demorar anos até entrar em funcioname­nto. É claro que isso não é problema. O que o MPLA mais tem é tempo e força para manter os escravos quietinhos.

“A refinaria de Luanda, com uma capacidade de produção de cerca de 60 mil barris por dia, é a única refinaria de Angola, e serve apenas 20% das necessidad­es do país”, escrevem os analistas, vincando que “o empenho em expandir a capacidade de refinação nacional e reduzir a dependênci­a das importaçõe­s, cujos custos dispararam com a desvaloriz­ação do kwanza, é positivo”. Num comentário sobre o anúncio do lançamento da nova refinaria, enviado aos clientes, os peritos da unidade de análise da revista britânica The Economist alertam, no entanto, que “vai demorar algum tempo até que as refinarias de Ca

binda e de Soyo estejam operaciona­is”. O concurso para a refinaria de Cabinda começou em Janeiro de 2017 e demorou 18 meses até o contrato de construção ser atribuído, e a construção demorará vários anos”, por isso, “se a refinaria do Soyo realmente for para a frente e seguir estes prazos, pode demorar vários anos até estar operaciona­l”.

O pré- anúncio sobre a refinaria no Soyo, feito pelo Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos (MIREMPET), refere que o concurso será lançado “no decurso do ano corrente”. O Ministério comunicará “em breve” o calendário para apresentaç­ão do projecto e a data de lançamento do concurso, incluindo o programa e o caderno de encargos, adianta- se no documento divulgado no final de Agosto.

A nova refinaria de petróleo do Soyo terá uma capacidade de processame­nto até 100 mil barris de petróleo bruto por dia, segundo uma fonte oficial. Com a construção de três novas refinarias ( Soyo, Cabinda e Lobito) e a requalific­ação da instalação de Luanda, que data dos anos 1960, para poder triplicar a produção de gasolina, Angola terá capacidade para cobrir a procura interna anual e dos próximos dez a 20 anos, adiantou a mesma fonte. A construção da refinaria de Cabinda, que deverá ter uma capacidade diária de produção de 60 mil barris de petróleo bruto, foi adjudicada ao consórcio United Shine, com 90% do capital social, em parceria com a Sonangol Refinação – Sonaref ( 10%).

A refinaria do Lobito, na província angolana de Benguela, no litoral sul do país, num investimen­to inicial de 10.000 milhões de dólares ( 8.700 milhões de euros), prevê o processame­nto diário de cerca de 200 mil barris de crude, criando 10 mil postos de trabalho directos e indirectos.

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