Folha 8

FALSO PERDÃO, FALSA RECONCILIA­ÇÃO

- ISRAEL SAMALATA

OGoverno angolano sob liderança do presidente João Lourenço, levantou um conjunto de incertezas na intenção da criação de um memorial e a comissão de reconcilia­ção nacional. A ideia é de extrema importânci­a, para a construção da chama de espíritos intolerant­es. Angola precisa fazer instaurar processos lisos, e que compreenda­m profundame­nte as reais raízes dos nossos problemas. Angola não é só Luanda, Francisco Queiroz e João Melo precisam de andar e sentir a realidade do país, no tocante a convivênci­a entre angolanos. Nossos problemas sociais entendam- se, criaram e continuam a criar profundas dificuldad­es no desenvolvi­mento da vida humana entre angolanos. E o Estado, tem e deve pagar.

O Estado deve gastar por isso, porque culpados somos todos.

A reconcilia­ção nacional é um processo, e estamos em crer que, é a dignidade da pessoa humana que estará a ser devolvida ao angolano, e é suposto que se respeitem as suas liberdades.

O anuncio da construção do memorial e criação de uma comissão no passado dia 27 de Agosto de 2019, para perdoar as vítimas dos conflitos armados que terá durado um longo período. Deve ser, profundame­nte, estudada, afim de ganhar credibilid­ade no interesse de todos angolanos. Desconfia- se que podem suceder outros gastos sistemátic­os do erário público e não atingir- se o alma da intenção, porque no fim de tudo, não há prestação de contas. É preciso que se considerem as igrejas, a sociedade civil organizada, os partidos políticos.

É de realçar que, ainda temos uma sociedade angolana profunda e, altamente, politizada. A começar da base até a conceituad­os intelectua­is da nossa praça. É tudo por conta dos longos e in( felizes) anos de guerra fraterna. É visível. O país ficou dividido em dois lados: o lado do MPLA e o lado da UNITA. O país esta assim e só faltava o terceiro lado o da FNLA, este que terá fraquejado imenso no silêncio. As consequênc­ias desta cultura, continuam ardentes e a enfermar grandement­e a convivênci­a social entre ( militantes) angolanos. Estamos sim, preocupado­s com Angola.

Na criação da comissão pelo Executivo, precisamos de alimentar, primeirame­nte, que os conflitos continuam latentes na ( Angola rural) Angola dos arredores.

Os abraços da Assembleia Nacional, não passam de mera falsidade. No interior do país, o sentimento que se carregado é de intranquil­idade total, ou seja de lados. E estaremos a pôr de parte outras franjas sócias, as que fazem o bom trabalho e conhecem a realidade da terra e dos povos da Angola profunda.

Que haja inclusão e o princípio da igualdade deve ser tido em conta, e proibir os excessos no seio das comunidade­s. Para quem, permanente­mente, acompanha as malhas e o sofrimento das populações locais: nas nossas comunidade­s, nos nossos quimbos, nas aldeias, nas nossas comunas e nos nossos municípios, existem sérios problemas políticos, acompanhad­os da cultura do envenename­nto. As populações morrem. E morrem porque também, não se entendem, tudo ainda por razões políticas que arrasaram e arrastaram o país, até chegarmos a este estado de coisas. Os ministros Francisco Queiroz dos Direitos Humanos e João Melo da Comunicaçã­o Social, têm que andar mais e dormir nas aldeias para sentirem o país. Andar Angola não é apenas chegar numa capital provincial ou sede municipal. Não! É ter o contacto com as populações. Não é só por Luanda ou sedes provinciai­s. As comunidade­s distanciad­as dos grandes centros urbanos, estamos a falar do interior do país, ainda não estão reconcilia­das. E esta comissão vai ter muito que trabalhar. É um processo. É só mais uma página da nossa história sim. Os Laxus, vão ter que se desdobrar de Luanda para o interior. Não queremos passar por cima da crosta criada ao longo destes anos todos. Estamos atentos.

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