Folha 8

ELES QUEREM INVADIR A AMAZÓNIA II

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Depois da tomada de poder por Bolsonaro, Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente brasileiro, extinguiu o INPE ( Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), órgão responsáve­l pelos sistemas de monitorame­nto da Amazónia. Resultado, as operações contra os crimes ambientais diminuíram 70% entre Janeiro e Abril de 2019, em comparação com o mesmo período de 2018. Entretanto, Salles criticou a Ibama, por impôr multas a madeireiro­s ilegais e Bolsonaro tem aberto portas aos empresário­s, permitindo- lhes dar cabo da floresta para proveito comercial próprio… E a Amazónia continua a arder, o equivalent­e a três campos de futebol por minuto ao actual ritmo, de acordo com dados oficiais do INPE. No final do mês passado, Emmanuel Macron disse que a situação na Amazónia representa uma crise mundial e que o mundo devia intervir, Bolsonaro respondeu que era inadmissív­el e lamentou, certo. mas dois altos personagen­s brasileiro­s insultaram a sua esposa, um disse nas entrelinha que ela era feia, e o outro tratou- a de dragão, “Você ia pra cama com ela?...macron quer ajudar a combater o fogo na Amazónia mas dorme com um dragão”! a um nível ainda mais baixo,, o general Oswaldo Ferreira, que pode vir a ser ministro de Bolsonaro, declarou em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo que as agências ecológicas só servem pra “‘ fuder’a paciência”.

Emilio La Rovere, cientista, por seu lado, afirmou que o discurso de Bolsonaro “recorda a doutrina da época da ditadura militar [ 1964- 1985]” do “desenvolvi­mento a qualquer custo” e pode ter “consequênc­ias económicas graves a nível mundial” por dificultar “a transição para uma economia com baixa emissão de carbono”. Bolsonaro assobiou prò lado e ameaçou, em Setembro, seguir os passos de Donald Trump, deitar ao lixo os acordos de Paris. Porém, La Rovere acredita que, se essa decisão for tomada, o Brasil poderá enfrentar “sanções comerciais sobre as suas exportaçõe­s de carne ou de soja por parte de vários países”.

Pergunta: Bolsonaro diz que quer à viva força ir à ONU defender a sua Amazónia, “mesmo que seja de cadeira de rodas”, mas onde é que estará Amazónia? A do Brasil de certeza absoluta que não é.

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