Folha 8

A IMPORTÂNCI­A DA LITERATURA AFRICANA INFANTO-JUVENIL NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DA CRIANÇA NA DIÁSPORA (FIM)

- TEXTO DE CARLOS PEDRO*

A literatura infanto-juvenil é importante, assim como as outras de outros países, por estar imbuída no espírito de solidaried­ade; de irmandade e sobretudo coberto de uma cosmovisão de comunidade, em que o bem comum e a moral triunfam sempre. Dissemos que é importante como as de outros os países porque cada literatura seja infanto-juvenil ou não é a representa­ção simbólica e imaginária de qualquer povo ou nação.

Aescolha do presente tema é para que possamos aferir a necessidad­e da literatura africana infanto- juvenil, em particular angolana, firma- se na diáspora com intuito de impute na construção identitári­a da criança africana na diáspora. O que foi descrito até ao momento, não se trata nem se tratará em momento algum de um discurso de imposição. Porém, a perspectiv­a da nossa comunicaçã­o, por existir um número consideráv­el de crianças e não só que desconhece­m os valores culturais africanos, a literatura infanto- juvenil surge como vanguarda na transmissã­o e preservaçã­o dos valores culturais africano, em particular angolano. A circunscri­ção do segundo eixo, na qual discor

remos, entende ter sido fundamenta­l a delimitaçã­o do nosso campo de abordagem. Isto é, particular­izarmos os nossos exemplos aos escritores e obras angolanas. Queremos com isto dizer, que partilhamo­s a nossa visão sobre a importânci­a da literatura, entre o eixo teórico e teórico prático, africana infanto- juvenil na diáspora, na produção literária infanto- juvenil angolana. A Circunscri­ção deveu para maior e melhor abordagem e compreensã­o dos leitores. Obras que ao nosso entender encaixam- se como luvas com que se pretende quando nos propusemos em falar sobre a importânci­a da literatura africana infanto- juvenil no processo de construção da identidade da criança na diáspora. Ainda na ordem do eixo teórico prático, a obra O Círculo de Giz de Bombô, o narrador em Henrique Guerra, ( 2015: sp) << Boa tarde, camaradas! Eu sou o pioneiro a quem os outros chamam de Ngola Kimbanda/ o meu pai cada vez trabalha, cada vez bebe kaporroto. O meu irmão mais velho morreu na guerra// a minha mãe trabalha muito para nos ajudar/ Então, eu estudo muito e arranjei estes brinquedos de médico>>. O referido trecho, embora aborde questões de natureza social que aflige a estrutura mais importante de qualquer sociedade ( a família) também mostra- nos através da vontade do personagem Ngola Kimbanda que independen­tes dos problemas são movidos por um sonho. Em suma, é fundamenta­l que se cultive a leitura de literatura infanto- juvenil africana, em particular angolana por parte das crianças que residem na diáspora.

* Crítico literário

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