CHINESES ESTÃO SEMPRE COM QUEM MANDA
Representantes de cerca de 600 empresas chinesas estiveram em Luanda, em Novembro de 2016, para participaram no fórum de investimento Angola/ China, que – como sempre – visou reforçar a cooperação económica entre os dois países, identificando novas, velhas ou nem por isso oportunidades de negócio. Fonte da organização desse fórum, então a cargo da Unidade Técnica para o Investimento Privado ( UTIP) da Casa Civil do Presidente da República ( José Eduardo dos Santos) informou na altura que áreas como agricultura, pescas, energia e águas, construção e minas estavam na agenda das potencialidades angolanas a apresentar aos empresários chineses.
O Governo angolano encarregou o então ministro e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Manuel da Cruz Neto, de liderar uma comissão, com mais oito ministros, para preparar este fórum. O evento foi colocado em plano de destaque nas relações entre os dois países e obrigou igualmente a um reforço de segurança pelas autoridades angolanas, tendo em conta o elevado número de empresários chineses presentes em Luanda. Notícias da altura ( 2016) referiam que a China comprava praticamente metade do petróleo produzido em Angola, liderando os destinos das exportações angolanas, e estava a consolidar a posição como principal fornecedor do país, ultrapassando desde 2015 as empresas portuguesas. Além disso, era também o maior financiador do país, com linhas de crédito para obras em Angola, realizadas por empresas chinesas. A última destas linhas foi concedida em 2015, no valor de 5,2 mil milhões de dólares.
O Governo ( de Eduardo dos Santos, recorde- se) destacava que a China “constitui um parceiro importante” de Angola e que “as excelentes relações entre os dois Estados têm reforçado cada vez mais o âmbito da cooperação, particularmente no domínio económico”.
O fórum de Investimento Angola- China visou “reforçar o desenvolvimento de sinergias para realização de parcerias empresariais e investimentos entre empresários dos dois estados”, referiu o Governo angolano.