CONTINUEMOS A ORAR, SÓ “DEUS” NOS PODE SALVAR I
Nas duas últimas edições do Folha 8 o nosso enfoque centrou-se no que actualmente se está a passar no Brasil, num cenário de filme de terror, realizado pelo presidente Jair Bolsonaro. A responsabilidade exclusiva do actual incêndio, que já devourou cerca de um milhão de hectares da floresta amazónica é inteiramente sua, embora seja verdade que o ritmo da destruição e desmatamento na Amazónia, entre 2008 e 2018, antes de ele chegar, o mesmo tivesse sido 170 vezes mais rápido do que o que foi registado nos tempos do Brasil-colónia, o que já é uma barbaridade.
É também de relembrar que, mal tomou o poder, Bolsonaro transferiu a responsabilidade pela demarcação e regulação dos territórios indígenas para o Ministério da Agricultura, defensor irredutível do agronegócio – principal causador do desmatamento da amazónia -, assim como impôs um substancial abrandamento das tentativas de reprimir as sanções aos madeireiros aplicadas pelo Ibama, (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e, em Junho, aconteceu o pedido de demissão pelo próprio Bolsonaro de Ricardo Galvão, director do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), órgão responsável pelos sistemas de monitoramento da Amazónia. No início de Agosto de 2019, Bolsonaro exonerou-o.
Esse homem, Jair Bolsonaro, mais do que ser um cristalino e inegável exemplo universal da chegada ao poder de um Estado soberano mais do que um analfabeto político. Bolsonaro é um verdadeiro perigo para a humanidade.