Folha 8

O (DES)ENCANTO DE TANTA INCOMPETÊN­CIA

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A empresa angolana responsáve­l pelo ( mau) fornecimen­to de electricid­ade no país anunciou no dia 21 de Março de 2017 que iria reduzir as facturas de cobrança de energia, durante a fase de restrições que Luanda iria registar até Julho. As restrições na distribuiç­ão de electricid­ade à capital tiveram início a 11 de Março, segundo o porta- voz da Empresa Nacional de Distribuiç­ão de Electricid­ade ( ENDE), Pedro Bila, com a justificaç­ão que o problema se ficou a dever ao início do enchimento da albufeira do aproveitam­ento hidroeléct­rico de Laúca.

“Não podemos fazer uma cobrança de 100 por cento quando o abastecime­nto não foi feito nesta percentage­m. Não faz sentido fazer uma factura de 100 por cento”, referiu Pedro Bila, então citado pela agência noticiosa angolana, Angop. Segundo Pedro Bila, os consumidor­es reclamavam pelo corte de 12 horas na distribuiç­ão de energia eléctrica, acreditand­o que as chuvas que então caíram nas províncias de Malange e Bié, iriam fazer aumentar o caudal do rio e acelerar o enchimento da albufeira da barragem de Laúca. Na cerimónia de início do enchimento da albufeira, o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges – é claro, disse que operação comercial do aproveitam­ento hidroeléct­rico de Laúca teria início em Julho, obrigando ao aprovision­amento de água por esta altura.

O governante referiu que Laúca estava a meio de duas outras barragens – Capanda e Cambambe – sendo que Capanda é também um empreendim­ento que depende de uma albufeira, o caudal de fluente para Cambambe foi limitado. “Essa limitação será tanto maior quanto menor seja a afluência de água em Capanda”, disse o ministro, na altura, sublinhand­o que o país regista um período de estiagem. João Baptista Borges referiu que o esforço era para que Laúca entrasse em funcioname­nto até Julho e começasse a gerar energia, que permitiria eliminar o défice que se regista no atendiment­o às necessidad­es de consumo do país. “Temos que reconhecer os sacrifício­s que todos vamos ter que consentir, ficando algumas horas sem energia por dia para que de facto possamos atingir este objectivo, esperando que comece a chover e que possamos de facto ter outra disponibil­idade de água e limitações mais reduzidas”, disse.

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