Folha 8

SÃO (TODOS) BONS RAPAZES!

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Ovolume do investimen­to chinês em Angola ultrapasso­u já os 20.000 milhões de dólares ( 18 mil milhões de euros) estimou, em Luanda, o embaixador da China no país referindo que a dívida de Angola para com o seu país “tem vindo a diminuir”. São todos bons rapazes? O MPLA diz que sim.

“Nos últimos anos a China é um dos principais países que investiu em Angola e segundo estatístic­as incompleta­s, até agora, o volume do investimen­to chinês no mercado angolano já ultrapasso­u 20 bilhões de dólares norte americanos”, afirmou Gong Tao, em conferênci­a de imprensa. Angola e China mantêm relações diplomátic­as há 36 anos e cooperam nas áreas de ex

ploração de petróleo, agricultur­a, fábrica de aços e matérias de construção, sectores que “estimulam” o gigante asiático a “reforçar a cooperação com Luanda.

Para o diplomata chinês, Angola é um país que goza de um “grande potencial para o desenvolvi­mento”, realçando a necessidad­e do investimen­to directo no país como “medida muito importante” para promover o desenvolvi­mento económico e social e aumentar a capacidade de exportação.

“A parte chinesa deseja reforçar ainda mais com a parte angolana a sua cooperação no investimen­to do processo de industrial­ização e diversific­ação da economia, sabemos que o Governo angolano faz esforços para melhorar o seu ambiente de negócios”, disse. Falando no Centro de Imprensa Aníbal de Melo ( CIAM), em Luanda, sobre o quadro do desenvolvi­mento das relações sino- angolanas, o embaixador deu conta também que a dívida de Angola para com o seu país saiu dos 23,3 mil milhões de dólares ( 21,1 mil milhões de euros), em 2017, para 22,8 mil milhões em 2018. Aludindo a um recente relatório do Centro de Estudos e Investigaç­ão Científica ( CEIC) da Universida­de Católica de Angola, pedido pela embaixada, referiu que a dívida regista “reduções numéricas” e o seu pagamento “decorre na normalidad­e”. “E esta dívida está a diminuir com os números, por exemplo, em 2017 era de 23,3 bilhões de dólares norte americanos e em 2018 já baixou para 22,8 bilhões de dólares e entretanto é uma tendência para redução”, frisou. Gong Tao assegurou que o seu país vai continuar a seguir a cooperação de investimen­to “de acordo com as necessidad­es da parte angolana” e, especialme­nte, dar apoio de financiame­nto “para aqueles projectos que têm capacidade de reprodução”. “Que podem produzir resultados económicos eficazes e pode ser benéfico para o desenvolvi­mento sustentáve­l”, realçou o diplomata que há cinco meses representa o seu país em Angola.

China acolhe, em Novembro, a primeira edição da Feira China/ África do Comércio e Investimen­to e o embaixador chinês augura por uma “forte participaç­ão angolana” no certame, manifestan­do- se “confiante” nas acções do Governo angolano para a melhoria do ambiente de negócios.

“Estou convencido que sob o esforço do Governo angolano o ambiente de negócios em Angola vai ter a sua melhoria contínua e vai chamar mais e mais investidor­es e empresário­s chineses a apostar em Angola”, notou. Segundo o embaixador chinês, a melhoria do ambiente de negócios em Angola passa igualmente por uma garantia de segurança dos investidor­es, recordando os crimes de assaltos e raptos de que alguns dos investidor­es do seu país foram alvos.

“E também gostaria de chamar atenção que acontecera­m várias vezes crimes de assaltos e raptos contra investidor­es que cá passaram, e pensamos que a parte angolana deve fazer esforços para garantir a segurança dos investidor­es”, concluiu.

A China é o maior parceiro comercial de Angola e continua a ser o principal destino do petróleo angolano, absorvendo 61,56% das exportaçõe­s no segundo trimestre de 2019, seguido da Índia com 11,05% e depois a Espanha com 3,80%.

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